O clima, que parecia ameno entre o presidente da Apex-Brasil Jorge Viana e o governador Gladson Camelí, esquentou nesta terça-feira (16/9), durante evento no Sebrae Acre, com a presença do ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Ao conceder coletiva à imprensa, o petista detonou. Disse que faltava investimento no Acre e que as emendas com recursos volumosos não saiam dos outdoors, referindo-se as emendas do senador Marcio Bittar.
“O problema eu acho que é a falta de investimentos. É muita emenda Pix, muito orçamento secreto, muito dinheiro em outdoor, e a gente não vê as coisas acontecendo como deveriam ter acontecido. Já se passaram muito tempo. Eu não estou falando aqui mal de ninguém, não. Cada um tem a sua oportunidade de trabalhar, de fazer as coisas, só que agora o presidente Lula, o Brasil voltou a crescer. E aqui no Acre está crescendo?”, disse Jorge Viana.
Jorge Viana acrescentou ainda o êxodo de pessoas que deixaram o estado nos últimos anos, algo próximo de 40 mil pessoas. “Quarenta mil pessoas foram embora do Acre nos últimos anos. No passado, as pessoas vinham para o Acre porque o estado estava dando certo. Agora, elas estão indo embora. Isso não é saudosismo, é realidade. Na Paraíba tem bairros inteiro de acreanos. Essa coisa da violência que estamos vivendo no Acre é uma coisa terrível”, disse.
A resposta de Gladson Camelí veio instantânea. Disse que Jorge Viana só levou o tempo em viajar, se referindo à presidência dele na Apex-Brasil, que possibilita viagens internacionais, por dever de ofício, inclusive.
“Se ele não anda no Estado, eu não posso fazer nada. Ele tem que parar de viajar e vir para o Acre para realmente ver o que fizemos. Eu recebo o presidente Lula de braços abertos, mas lamento a postura desse cidadão que tenta diminuir o trabalho dos outros. Ele está abaixo de mim”, disse irritado Camelí.