Há 33 anos, os acreanos recebiam uma das mais tristes notícias. O assassinato do governador Edmundo Pinto em 17 de maio de 1992, em um hotel de luxo em São Paulo, o Della Volpe, marcou para sempre a história política do Acre de forma trágica e misteriosa que até hoje percorre o imaginário das pessoas de que não foi um simples assalto, mas um crime de pistolagem.
Para os membros da CPI da Pistolagem, instalada na Câmara dos Deputados, na época, não restam dúvidas: Edmundo Pinto foi morto por encomenda. As afirmações contundentes são do ex-deputado Edmundo Galdino, relator da CPI.
Galdino foi categórico ao dizer que o governador acreano teve a morte encomendada. “Esta Comissão se deslocou-se a São Paulo, diligência, e interrogou os acusados pela morte de Edmundo Pinto: dessa diligência e da análise que houve, mas um crime de pistolagem, apesar do entendimento do Ministério Público e da Justiça paulista de que se tratou de latrocínio”, disse o relator ao não acredita que o caso foi um roubo, seguido de morte. “Parece evidente que quem mata para roubar não deixa de levar o relógio caríssimo que a vítima ostentava no pulso, e nem “esquece” os milhares de dólares que estavam na gaveta”.
Edmundo Galdino aponta, ainda, que a investigação sobre a morte de Edmundo Pinto foi feita com “demasiada pressa”, com objetivo de punir apenas os matadores e não os mandantes do crime.
Para a família ficou a dor. O filho de Edmundo Pinto, o ex-vereador Rodrigo Pinto, usou as redes sociais para comentar a morte do pai. “Não existe remédio para curar a sua falta”.
Ao lembrar a morte, a família de Edmundo Pinto publicou: ““Hoje refletimos em silêncio em homenagem a Edmundo Pinto de Almeida Neto. Um filho, um pai, marido, um estadista, que continua a nos inspirar. Junte-se a nós para honrar o seu espírito”.