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POLÍTICA

André Kamai denuncia descaso de Bocalom com saúde municipal: “Articulação política virou prioridade, e a saúde fica em segundo plano”

André Kamai denuncia descaso de Bocalom com saúde municipal: “Articulação política virou prioridade, e a saúde fica em segundo plano”

Na sessão desta quinta-feira (03), o vereador André Kamai (PT) fez um duro pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal de Rio Branco, denunciando o que chamou de “descaso explícito” do prefeito Tião Bocalom com a saúde pública da capital acreana.

A crítica de Kamai veio após a informação de que o secretário municipal de saúde teria sido designado para assumir também as funções de articulação política da prefeitura. “Se isso for verdade, só me cabe entender que o prefeito não está nem aí para a saúde”, disse o parlamentar. A declaração reflete a indignação diante da crise enfrentada pela rede municipal de saúde, com sete unidades básicas fechadas há mais de um ano e sem previsão clara de reabertura.

Kamai não poupou o prefeito. “Ou invertemos as prioridades dessa cidade, ou a saúde deixou de ser prioridade para dar lugar à articulação política. Não é possível que o secretário de saúde tenha tempo para fazer outra coisa que não seja resolver os inúmeros problemas da pasta”, afirmou.

Em tom irônico, o vereador sugeriu nomes de colegas da própria Câmara para assumir a saúde, caso a gestão esteja enfrentando dificuldade para encontrar quadros técnicos. “A gente tem aqui vereadores extremamente competentes. É só chamar que a gente ajuda. Agora, misturar articulação política com gestão da saúde é um desrespeito com a população que depende do SUS.”

Segundo Kamai, essa sobreposição de funções revela falta de planejamento, despreparo técnico e uma visão eleitoreira da gestão pública, que, em vez de enfrentar o colapso da saúde, prioriza as articulações políticas de olho nas eleições de 2026.

“Não tenho nada a ver com a equipe do prefeito, mas tenho tudo a ver com os interesses do povo de Rio Branco. E o que está acontecendo é grave. Não podemos precarizar ainda mais a saúde pública para resolver impasses políticos. O povo não pode continuar pagando essa conta”, concluiu o vereador, deixando claro que seu apelo não é pessoal ou partidário, mas sim um grito em defesa da dignidade de quem depende dos serviços básicos da prefeitura.