A guerra de narrativas entre o senador Alan Rick (UB) e o prefeito de Rio Branco Tião Bocalom (PL), a respeito da construção de saídas para os lixões e o parque urbano a ser construído onde hoje é o 7º BEC, está longe do fim. Na noite desta sexta-feira (4) ganhou mais um capítulo. Alan respondeu os apontamentos feitos por Bocalom mais cedo.
Em um dos trechos de sua fala, Alan Rick acusou Bocalom de fazer “acordo nebuloso” com uma empresa de fora do Acre para cuidar da questão dos lixões, sem a devida transparência e sem o necessário debate com os demais prefeitos e órgãos de controle. Tião Bocalom preside a Associação de Municípios do Acre (Amac).
“A verdade é que o prefeito se recusa a aderir ao projeto porque já tem um acordo nebuloso com uma empresa de fora do estado, sem transparência, sem acompanhamento do Ministério Público, sem debate nas Câmaras Municipais e sem qualquer estudo técnico minimamente confiável. Um modelo copiado de uma região totalmente diferente da nossa e que, segundo relatos dos prefeitos que estiveram em Timbó (SC), exigiria investimentos iniciais de R$ 5,5 milhões das prefeituras para aquisição de usina com capacidade irrisória de reciclagem — duas toneladas por dia, enquanto só Tarauacá produz 40 toneladas diariamente. Temos Rio Branco com 210 toneladas/dia. No Acre, são 607 toneladas/dia. O estado é o 2º do país que menos recicla, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe)”, respondeu o senador do União Brasil.
Com relação à construção do parque urbano onde fica a sede do 7º BEC, em Rio Branco, Alan disse que a Prefeitura se comprometeu a doar um terreno para ser erguido o novo quartel militar, mas que até agora a desapropriação da área não foi feita pela gestão de Tião Bocalom.
“Sobre o 7º BEC, mais uma vez, o discurso não acompanha a realidade. A desapropriação foi prometida há mais de um ano, e até agora o terreno sequer foi formalizado. O Exército aguarda. A cidade espera. E o prefeito responde com o que melhor sabe oferecer: desculpas. O papel de um senador da República é propor soluções, articular recursos e cobrar resultados. Isso incomoda quem prefere manter as coisas como estão. Mas seguimos firmes. Nosso mandato vai seguir incomodando quem se acostumou a explicar a paralisia com discursos prontos. O Acre merece mais”, escreveu.