O vereador Eber Machado (MDB) utilizou a tribuna da Câmara de Rio Branco, na sessão desta terça-feira, 18, para debater sobre um tema que vem gerando discussões acaloradas no Legislativo: a aquisição dos kits do “Aedes do Bem” pela Prefeitura da Capital, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.
O parlamentar questionou a transparência da gestão na compra e no recebimento dos ovos do mosquito modificados geneticamente, cujo objetivo é o combate ao Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Machado lamentou as declarações do secretário de Saúde, Renan Biths, que em entrevista à imprensa teria negado as acusações de que os kits adquiridos estivessem com data de validade vencida.
Eber afirmou que parte dos ovos chegou ao município já com o prazo de validade expirado, e outros, com prazo de validade bem próximo do fim. Para Machado, a gestão não está tratando com seriedade a questão, afirmando que a entrega dos kits poderia ter sido realizada de maneira mais cuidadosa.
"Eu queria primeiro pedir desculpas, porque hoje eu me sinto envergonhado", começou o vereador, ressaltando que o secretário tentou justificar a situação, mas deixou de lado a responsabilidade sobre o recebimento dos kits. Ele também criticou a falta de uma fiscalização adequada no processo, questionando quem atestou a qualidade dos ovos e se houve alguma penalidade para a empresa responsável pela entrega de produtos vencidos.
O vereador ainda destacou que, em sua opinião, a gestão municipal deveria ter convidado o especialista Dr. Nogueira, que, segundo ele, seria a pessoa mais indicada para falar sobre o caso, e não o secretário Renan Biths. O parlamentar também anunciou que estará buscando respostas junto às autoridades competentes, mencionando que será recebido pelo superintendente da Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), dada a natureza federal dos recursos utilizados na compra.