Depois de oito meses consecutivos de expansão no mercado de trabalho, o Acre encerrou outubro com um novo recuo no emprego formal. Segundo dados do Novo Caged, o Estado registrou 4.200 admissões e 4.372 desligamentos, resultando em um saldo negativo de 172 vagas — o segundo mês seguido de retração em 2025.
O desempenho contrastou com o observado em setembro, quando o Estado havia criado 845 novas vagas, impulsionado principalmente pelo setor de serviços. Em outubro, porém, praticamente todos os segmentos apresentaram queda.
O comércio, uma das bases da economia acreana, fechou o mês com saldo de –22 postos de trabalho, após 1.454 contratações e 1.476 demissões. A indústria também teve retração: foram 281 admissões e 369 desligamentos, acumulando saldo de –88 vagas. Já a agropecuária registrou o pior resultado proporcional, com saldo de –23 vagas.
A construção civil foi a única área que apresentou desempenho positivo, abrindo 65 postos de trabalho a partir de 455 contratações e 390 demissões.
O comportamento do mercado também variou por município.
Rio Branco, responsável pela maior movimentação de mão de obra no estado, terminou outubro com saldo negativo de 104 vagas. Em Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade, o cenário também foi desfavorável, com –5 vagas líquidas. Capixaba teve um dos piores índices proporcionais, registrando saldo de –15 postos.
Na análise por gênero, tanto homens quanto mulheres enfrentaram retração. Entre os trabalhadores do sexo masculino, foram 2.526 admissões e 2.645 desligamentos, encerrando o mês com saldo de –119. Já entre as mulheres, o saldo foi de –53 vagas.
Apesar da queda no Acre, a Região Norte como um todo apresentou desempenho positivo em outubro. Com 109.608 admissões e 105.122 desligamentos, o saldo regional ficou em 4.486 vagas, indicando crescimento superior ao observado no Estado.