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POLÍTICA

A pedido de Edvaldo Magalhães, deputados recebem servidores que ganham menos que 1 salário mínimo e engenheiros

A pedido de Edvaldo Magalhães, deputados recebem servidores que ganham menos que 1 salário mínimo e engenheiros

A pedido do deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), os deputados estaduais receberam no plenário da Assembleia servidores públicos que reivindicam a revisão nos planos de cargos, carreiras e salários. Além destes servidores, os deputados receberam os engenheiros que tem greve anunciada para a próxima segunda-feira (24). Eles também reivindicam revisão salarial.

Edvaldo Magalhães pontuou que a solidariedade tem que vir acompanhada de atitude. Para ele, a Assembleia Legislativa pode protagonizar esse debate e entendimento entre as categorias e o governo do Estado até o dia 30 de abril, quando será divulgado o novo relatório quadrimestral da situação fiscal do Acre, que poderá trazer impedimentos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Se ela não for acompanhada de atitude, ela pode ser uma palavra vã. Ontem mesmo aqui, entre nós, iniciamos uma discussão e a conversa era assim: não dar para depois de um debate que nós fizemos quando saiu o relatório fiscal anterior, que nós já sabíamos que quatro meses depois, esse relatório poderia já vir comprometendo o limite da lei de Reponsabilidade Fiscal. E todos nós, ao discutir esse tema, sabemos que o que tem que ser feito, tem que ser feito até o dia 30 deste mês. Todos sabemos. A questão que vai prevalecer é se vamos utilizar da força do poder para resolver questões candentes ou não. Vai ser essa a atitude que vai estabelecer a diferença. A Assembleia precisa se colocar. Essa Casa já foi marcada como a protagonista, em vários momentos, que provocou a mediação para sair e arrancar uma solução”, disse o deputado.
Ainda de acordo com ele, a respeito da reformulação do PCCR daqueles servidores que ganham menos que um salário mínimo, é preciso garantir as progressões, seja por tempo de serviço, seja por formações.

“Quando for discutir a tabelinha, é preciso levar em consideração dois aspectos: primeiro, é de garantir as progressões por tempo de serviço. Não podemos tratar os servidores como àqueles que tem dinheiro para pagar um bom advogado, entrar na Justiça e brigar. Esse é um aspecto, de respeitar as progressões do tempo de serviço e as progressões das formações das pessoas. Esse é um debate que nós vamos travar aqui. O outro ponto é com relação aos companheiros da Lei Cartaxo. Não saiam desta Casa na próxima terça e na quarta-feira porque a vida de vocês vai estar sendo resolvida na terça ou na quarta”, disse Edvaldo Magalhães.

A líder do governo, Michelle Melo (PDT), afirmou que está sensível à causa e que levará todas as demandas ao governador Gladson Cameli (PP) e a sua equipe. “Não duvidem da minha sensibilidade e da minha vontade de trazer o máximo de valorização como deputada e servidora que sou. Sempre estive na luta no Pronto-Socorro e pensando os mesmos pensamentos que vocês têm. Sempre me dispus a escutar cada um de vocês para poder levar para a equipe de governo. Conte comigo para levar esse papel com muito exímio e dedicação”.

O presidente do Sindicato dos Engenheiros do Acre (Senge), Cláudio Mota, disse que as reinvindicações apresentadas ao Poder Executivo são poucas diante daquilo que os cofres públicos pagam para secretários de Estado, por exemplo, mas sequer a categoria tem sido recebida pela equipe de governo.

“Não estamos aqui pleiteando absurdo não. A gente custa para a folha salarial do Acre 1,8%, com perda salarial de mais de 50%. Nós servidores públicos precisamos nos unir”, ressalta o sindicalista.

O engenheiro agrônomo Luiz Fernando mencionou que a situação de muitos servidores é de dificuldade, com salários defasados. “Se vocês passarem em sala em sala, vocês vão ver pessoas que estão ali dando um pouquinho da sua vida. Não vão aos gabinetes das secretarias, vão a cada setor, de servidor em servidor. Vocês vão entender a realidade. Eu escuto todo dia, está ruim dentro da secretaria, principalmente para que está há 10, 15, 20 anos. Vejam como está a condição psicológica dos servidores públicos do Estado”.