“Até quando as autoridades vão fechar os olhos para essa prática criminosa?”
A União dos Motoristas de Aplicativos do Acre (Unimaac) emitiu nota de repúdio, criticando a falta de fiscalização e cobrando medidas efetivas das autoridades em relação ao uso de linha com cerol. A bióloga Jéssica Souza dos Santos, de 33 anos, foi mais uma das vítimas do objeto cortante. A mulher morreu de forma trágica no sábado, 19, em Cruzeiro do Sul, após ser atingida no pescoço enquanto pilotava sua motocicleta. O corte foi profundo, e apesar da rápida chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ela não resistiu aos ferimentos.
O caso gerou forte comoção e reacendeu o debate sobre o uso irregular de linhas cortantes. A União dos Motoristas de Aplicativos do Acre (Unimaac) emitiu nota de repúdio, criticando a falta de fiscalização e cobrando medidas efetivas das autoridades. “É como dar uma arma a alguém sem preparo. O cerol é letal. A linha pode percorrer quilômetros e cortar tudo o que estiver pela frente, inclusive vidas. Até quando as autoridades vão fechar os olhos para essa prática criminosa? Os motoqueiros pedem socorro”, declarou Paulo Farias, representante da entidade.
A Lei nº 4.394/2024, conhecida como Lei Fernandinho, proíbe no Acre a fabricação, venda e uso de linhas com cerol ou linha chilena. A legislação também delimita áreas específicas para a soltura de pipas, mas, mesmo com a norma em vigor desde agosto de 2024, o material ainda é utilizado de forma clandestina. Além dos riscos à vida, como no caso de Jéssica, as linhas cortantes também provocam curtos-circuitos em fiações elétricas e colocam em risco pedestres, ciclistas e motociclistas.