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POLÍCIA

Polícia Militar resgata homem que seria executado por facção criminosa em cativeiro na zona rural de Rio Branco

Polícia Militar resgata homem que seria executado por facção criminosa em cativeiro na zona rural de Rio Branco

Policiais militares do 2º Batalhão estouraram um cativeiro e impediram a execução de um homem na noite de sábado, 4, em uma residência localizada no ramal Benfica, na região do Polo Benfica, em Rio Branco. A vítima seria alvo de um “tribunal do crime” conduzido por integrantes do Comando Vermelho, facção que atua no Acre.

A ação começou após denúncias de gritos de socorro vindos de dentro da casa. Segundo os relatos, era possível ouvir frases como: “Não fui eu, eu não roubei nada, pelo amor de Deus”. Diante da informação, a guarnição se dirigiu ao local e confirmou os pedidos desesperados da vítima, o que levou os policiais a cercarem o imóvel.

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Na abordagem, o morador da casa, Nathan Feitosa Machado, de 26 anos, demonstrou nervosismo ao atender os policiais. Ao abrirem a porta, os militares flagraram Pitter Santos de Souza, de 37 anos, com uma pistola em mãos. Ele tentou fugir e dispensou a arma em uma pia. Diante da situação, os policiais entraram na residência e ordenaram que todos se rendessem. Como os suspeitos resistiram, foi necessário o uso da força para contê-los.

Durante a varredura, foram apreendidas duas pistolas — uma Glock G17 calibre 9mm, de fabricação estrangeira, e uma Taurus .380. Dentro da casa estavam seis pessoas, entre elas a vítima, Wellison Júlio da Silva, de 28 anos, que havia sido sequestrado horas antes e estava sendo mantido em cárcere privado.

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De acordo com Nathan, Wellison teria participado de um roubo ocorrido na noite anterior, quando cinco homens encapuzados invadiram sua casa, renderam sua esposa, ameaçaram seus filhos e roubaram joias, dinheiro e uma arma de fogo. O grupo teria decidido sequestrar e torturar Wellison para obter uma confissão, com intenção de executá-lo em seguida.

Além de Nathan e Pitter, foram presos: Marcos Soares Castro, 37 anos; John Max da Silva Barros, 29; e Joel da Silva Nepomuceno de Almeida, 24. Segundo a Polícia Militar, Pitter Santos — também conhecido como "Nego Pitter" ou "Dubai" — é considerado a principal liderança do Comando Vermelho no estado, e os demais atuariam em regiões diferentes de Rio Branco.

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A família de Wellison informou o sequestro às autoridades assim que foi notificada. Todos os envolvidos foram encaminhados à Delegacia Central de Flagrantes (DEFLA), onde permanecem à disposição da Justiça. Os crimes apurados incluem sequestro, cárcere privado, posse ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio.