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POLÍCIA

“O tratamento dele com ela era sempre carinhoso”, diz amigo de Tarcísio Araújo em depoimento a Justiça sobre caso Nayara Vilela

“O tratamento dele com ela era sempre carinhoso”, diz amigo de Tarcísio Araújo em depoimento a Justiça sobre caso Nayara Vilela

O empresário Eronilson Miranda da Silva prestou depoimento na manhã desta sexta-feira, 9, segundo e último dia da audiência de instrução do caso que investiga a morte da cantora Nayara Vilela. O julgamento, realizado no Fórum Criminal de Rio Branco, é conduzido pelo juiz Alesson Braz.

Amigo de longa data de Tarcísio Araújo, acusado de feminicídio contra a cantora em abril de 2023, Eronilson afirmou não ter proximidade com Nayara e relatou ter tido apenas dois contatos breves com a cantora:

“Uma vez no escritório dele, por uns 10 ou 15 minutos, falando sobre música, e outra em um ensaio na casa dele. Não cheguei a conhecê-la de fato”, declarou.

Ele também explicou que não esteve presente no casamento do casal por conta de compromissos profissionais.
Indagado sobre o que sabia a respeito da morte de Nayara, Eronilson foi direto: “Sei apenas o que foi divulgado pela mídia. Nunca pedi detalhes e nunca conversamos sobre isso”.

O juiz responsável pelo caso também questionou a testemunha sobre a possível posse de arma por parte de Tarcísio. Eronilson confirmou que sabia da existência do armamento, mas garantiu que tudo era legalizado: “Ele era muito cuidadoso com isso. Nunca nem vi essa arma”.

Ao descrever a convivência do casal, o empresário afirmou que via um relacionamento aparentemente feliz: “Era um momento de felicidade. Sempre vi ele muito entusiasmado com o trabalho dela. O tratamento dele com ela era sempre carinhoso”, afirmou. Segundo ele, Tarcísio também demonstrava atenção com os filhos e a ex-esposa.

Eronilson destacou ainda que nunca presenciou comportamentos de ciúmes por parte do acusado. “Nunca vi o Tarcísio agir de forma possessiva. Pelo contrário, ele sempre foi generoso com todos”, disse.

Sobre o comportamento de Tarcísio após a morte de Nayara, o depoente relatou abalo emocional extremo: “No velório, ele estava irreconhecível, apático, chorando. Eu mesmo não consegui ficar muito tempo por perto, foi uma cena muito difícil de ver”.
A testemunha falou por cerca de 20 minutos e não foi questionada pelo Ministério Público, que atua na acusação.