Ao relatar a respeito das câmeras corporais por policiais em um inquérito civil instaurado pela Promotoria Especializada de Tutela do Direito Difuso à Segurança Pública, do Ministério Público do Acre (MPAC), o promotor de Justiça Rodrigo Curti disse que o estado do Acre tem demonstrado “morosidade injustificável na implementação dessa iniciativa.
Entre as alegações feitas pelo governo do Estado é de que a Polícia Militar não tem recursos suficientes para atender toda a corporação com câmeras. Na última licitação aberta este ano, o governo demonstrou interesse em contratar 260 equipamentos.
Na proposta apresentada pelo governo acreano ao Ministério da Justiça e Segurança Pública foi detalhado que a implementação de Câmeras Corporais para uso da Polícia Militar terá como público alvo os integrantes dos Batalhões de Rio Branco (1º,2º,3º), unidades especializadas, Bope, BPTRAN E BPA, no total de 808 integrantes. A proposta foi aprovada e visa um repasse de R$ 2.909.899,20.
Rodrigo Curti enfatiza, ainda, que as mortes, causadas por intervenções policiais no Acre, assustam. “No Acre, o histórico é preocupante: segundo o painel de indicadores da segurança pública, entre 2014 e 2025 foram registradas 213 mortes por intervenção policial, sendo 11 somente no último ano. São números que, isoladamente, já demandariam pronta reação e modernização das práticas de policiamento ostensivo”, considera.