Com sua presidência eleita hoje (4/11), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que investiga o crime organizado no Brasil, deve ouvir nos próximos meses autoridades do Acre. Isso porque o estado faz fronteira com dois produtores de cocaína e maconha, o Peru e a Bolívia, e ainda é rota do tráfico de drogas colombiano.
Neste primeiro momento, o estado não está na lista para ser ouvido. Os membros da Comissão, que conta com a participação do senador acreano Marcio Bittar (PL/AC), vão ouvir os governadores dos estados considerados mais perigosos. São eles: Amapá, Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas.
Os senadores também querem ouvir os governadores e secretários de Segurança do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal, considerados os estados mais seguros.
Com relação a membros do governo federal, estão na lista para irem à CPI, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski; o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho; o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Augusto Passos Rodrigues; o diretor de Inteligência Policial da PF, Leandro Almada da Costa; o diretor de Inteligência Penal da Senappen, Antônio Glautter de Azevedo Morais; e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa.
A CPI será presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT/ES) e tem como relator o senador Alessandro Vieira (MDB/SE). O senador Hamilton Mourão (Republicanos/RS) ficou com a vice-presidência.
A comissão investigará os seguintes tópicos relacionados ao crime organizado:
• ocupação de território;
• lavagem de dinheiro, com ênfase em criptomoedas; bens patrimoniais; bancas de advocacia e segmentos econômicos lícitos, como combustíveis, lubrificantes, bebidas, garimpo, mercado imobiliário e cigarros;
• sistema prisional;
• corrupção ativa e passiva;
• rotas de mercadorias ilícitas;
• crimes de tráfico de drogas e de armas, sonegação tributária e roubo, entre outros.
• integração entre os órgãos de segurança pública e as Forças Armadas, com destaque para as fronteiras;
• experiências bem-sucedidas de prevenção e repressão ao crime organizado;
• recursos públicos disponíveis.
