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POLÍCIA

Líder indígena acusado de estupro em aldeia no município de Feijó se entrega à polícia e nega acusações feitas por turista chilena

Líder indígena acusado de estupro em aldeia no município de Feijó se entrega à polícia e nega acusações feitas por turista chilena

Isaka Ruy, liderança do povo Huni Kuin, se apresentou à Polícia Civil nesta quarta-feira, 9, após ser acusado de abusar sexualmente da turista chilena Loreto Belen durante imersão cultural em aldeia no município de Feijó, interior do Acre.

O crime teria ocorrido na aldeia Huni Kuin, localizada no município de Feijó. Acompanhado por advogados, Isaka prestou depoimento ao delegado responsável pelo caso e negou todas as acusações, afirmando que não teve qualquer tipo de contato sexual com a turista.

Com base nos depoimentos já colhidos, incluindo testemunhas que também negam a ocorrência do crime, o delegado solicitou à Justiça a revogação da prisão preventiva.

Até que haja decisão judicial, Ruy permanece detido em uma cela da delegacia de Feijó. A defesa entrará com recurso para que o acusado
possa responder ao processo em liberdade. Segundo a polícia, o líder indígena se comprometeu a permanecer na aldeia e atender às convocações para novos depoimentos.

A chilena afirma ter sido vítima de estupro em três ocasiões durante uma vivência sobre medicina tradicional indígena, pela qual pagou R$ 5,5 mil. O último episódio teria ocorrido em uma trilha próxima à comunidade, onde, segundo seu relato, foi violentada. A turista também diz ter sido agredida pela esposa de Isaka com um pedaço de madeira antes de conseguir sair do local.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais, onde Loreto compartilha relatos sobre o ocorrido. A versão de Loren, no entanto, é contestada por membros da comunidade indígena e por pessoas próximas ao acusado. Em depoimento, Isaka reafirmou que nunca teve qualquer tipo de relação com a estrangeira, nem mesmo consensual.

Apesar do pedido de revogação da prisão, a investigação continua. O delegado informou que novas testemunhas serão ouvidas e que pretende escutar novamente a denunciante, mesmo à distância. O objetivo é reunir mais elementos antes de decidir sobre o indiciamento ou arquivamento do caso.