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POLÍCIA

Homem é torturado e baleado pelo "tribunal do crime", mas consegue escapar da morte em Rio Branco

Homem é torturado e baleado pelo "tribunal do crime", mas consegue escapar da morte em Rio Branco

Um homem de 36 anos foi brutalmente torturado e baleado por membros do chamado "tribunal do crime", no final da tarde desta quinta-feira, 31, no bairro Cidade Nova, região do Segundo Distrito de Rio Branco. A vítima, identificada como Cleber de Souza Lima, conseguiu escapar dos criminosos ao se lançar no rio e nadar para salvar a própria vida.

Segundo informações repassadas pela Polícia Militar, uma denúncia anônima feita via COPOM indicava que quatro suspeitos estariam levando um homem ferido para a margem do Rio Acre, onde seria executado. Diante da gravidade da situação, equipes da Força Tática do 2º Batalhão foram rapidamente deslocadas ao local.

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Ao chegarem na Rua Beira Rio, os policiais avistaram dois homens saindo de um terreno baldio. Um deles portava uma arma de fogo e ambos fugiram ao notar a presença da guarnição. Um dos suspeitos, Denis Esteves Santana da Silva, foi capturado ainda nas proximidades. O segundo, identificado como Atos do Nascimento Freitas, correu por quintais vizinhos, mas acabou sendo localizado com apoio de outras equipes.

Durante a fuga, Atos tentou se livrar de uma arma de fogo e uma faca. No imóvel onde foi localizado — que pertence a terceiros sem vínculo com o suspeito — os policiais encontraram uma blusa ensanguentada e 50 munições. Atos assumiu a posse do armamento e confessou envolvimento na tentativa de execução.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e prestou socorro à vítima. Cleber apresentava dois ferimentos por arma de fogo: um no quadril e outro na cabeça. Ele foi encaminhado ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde passou por cirurgia. À médica do Samu, Cleber relatou que foi sequestrado, torturado e alvejado pelos criminosos.

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Durante interrogatório, os suspeitos admitiram que Cleber foi submetido ao "tribunal do crime" por ser acusado de furtos na região. Alegaram que a vítima seria "disciplinada", e que o plano incluía amputar sua mão como forma de represália e intimidação. Segundo eles, a execução só não foi concluída porque Cleber conseguiu escapar, mesmo ferido, mergulhando no rio.

Um celular apreendido com os suspeitos foi encaminhado para perícia. Denis e Atos foram conduzidos à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde ficaram à disposição da Justiça. A Polícia Civil segue investigando o caso.