..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍCIA

Fraude em processo seletivo da Ufac: Investigação da Polícia Federal revela esquema criminoso para ingressar no curso de Medicina

Fraude em processo seletivo da Ufac: Investigação da Polícia Federal revela esquema criminoso para ingressar no curso de Medicina

Uma professora de Enfermagem e um diretor do Centro de Ciências da Saúde e do Desporto (CCSD) da Universidade Federal do Acre (UFAC) estão sendo investigados pela Polícia Federal por suspeita de falsidade ideológica. Eles teriam usado documentos falsos para conseguir vagas residuais no curso de Medicina da instituição.

A professora de Enfermagem, identificada como Larissa Vanessa Machado, apresentou uma série de documentos fraudulentos, incluindo uma procuração assinada eletronicamente por seu marido, que também é diretor do CCSD, Carlos Frank Viga.

Um dos documentos apresentados por Larissa indicava que ela havia estudado Medicina em uma universidade que não oferecia o curso no campus que ela mencionou.

Um ofício enviado ao Ministério Público Federal revelou indícios de ilegalidade na documentação apresentada por Larissa para matrícula no Curso de Bacharelado em Medicina, após aprovação no Processo Seletivo de vagas residuais.

Uma denúncia anônima originou a investigação, que constatou que a universidade de origem de Larissa não a reconheceu como aluna e que a declaração de matrícula apresentada era falsa.

Uma Comissão Especial de Inquérito Administrativo foi instaurada, resultando no cancelamento definitivo da matrícula de Larissa, encaminhamento do caso às autoridades investigativas, instauração de processo disciplinar contra ela e verificação de outros candidatos aptos à vaga.
Além disso, ela teria tentado se dissociar de sua posição de professora da instituição, alegando que morou no Rio de Janeiro e não era casada, utilizando uma parente sua, estudante de medicina da instituição em uma tentativa de burlar o sistema acadêmico.

O esquema também envolveu o uso de uma conta de luz em nome de outra pessoa servidora da instituição e a possível obtenção de provas do processo seletivo, mesmo sem ter cursado Medicina.

Testemunhas relataram que houve pressão para que professores e servidores do órgão fornecessem acesso às provas.

A situação levanta questões sobre a conduta da UFAC diante das acusações. Apesar de o processo administrativo ter sido aberto em 2022, os suspeitos não foram afastados de seus cargos, o que gerou críticas sobre a falta de ação cautelar por parte da universidade.

Além disso, há suspeitas de que a instituição tenha tentado encobrir o caso, enviando e-mails para confirmar a autenticidade dos documentos mesmo após a Universidade Estácio de Sá ter confirmado que eram falsos.

Fontes também afirmam que a UFAC politicamente apoiou secretamente Carlos nas eleições, o que levanta preocupações sobre a imparcialidade da instituição.

Recentemente, uma nova denúncia surgiu, envolvendo outro aluno que teria utilizado documentos idênticos aos de Larissa para ingressar no curso de Medicina.

Este novo caso foi encaminhado à Polícia Federal para investigação.

Diante das evidências apresentadas, a UFAC está sendo pressionada a agir de forma mais rigorosa contra os suspeitos e a rever seus procedimentos de controle de acesso às vagas residuais.

Fontes afirmam que no último concurso para ingresso as vagas residuais de medicina, houve uma forte fiscalização documental por parte do órgão, porém não houve a aplicação de provas o que abriria pretexto, para que novas fraudes pudessem acontecer, sem um critério de seleção baseado na meritocracia.
A instituição também enfrenta questionamentos sobre a integridade de seus processos seletivos e a necessidade de medidas para evitar fraudes futuras.
Caso sejam condenados, Larissa e Carlos enfrentarão graves consequências, incluindo demissão administrativa da UFAC e possíveis processos criminais por falsidade ideológica.

O Conselho da universidade está avaliando a possibilidade de impugnar a chapa de Carlos, afastando-o de suas funções.