O principal suspeito de ter atropelado e matado a bacharel em Direito Juliana Chaar, Diego Passos, foi preso na manhã desta terça-feira (15) por equipes do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), sob comando do coronel Assis dos Santos. A captura ocorreu após uma operação integrada com apoio da Polícia Penal.
Em coletiva à imprensa, o coronel Assis explicou que a prisão foi resultado de uma ação coordenada entre os órgãos de segurança:
“Essa foi uma ação integrada, envolvendo todos os olhos do CISP. Tivemos um evento no sábado que culminou com a fuga do foragido na região do Bujari , de onde ele seguiu para a zona rural. Mantivemos equipes em campo e, durante a madrugada, houve contato via advogado, com a concordância para que ele se entregasse. Fizemos esse acordo justamente para garantir a legalidade do processo e evitar qualquer tipo de confronto. A entrega foi feita na base do Gefron e ele foi encaminhado à DAIC para seguir os trâmites legais”, explicou o coronel.
O delegado Alcino Júnior, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também comentou a prisão e os próximos passos do inquérito:
“Com a captura, o mandado de prisão temporária foi cumprido. A partir de agora, ele será formalmente ouvido e daremos continuidade às investigações. O objetivo é esclarecer as circunstâncias do crime, que é de conhecimento público. A operação no sábado contou com apoio de outras forças de segurança, e parentes de Diego foram presos por porte ilegal de armas. Acreditamos que isso tenha acelerado a fuga dele naquele momento.”
Segundo o delegado, Diego Passos foi localizado nas proximidades da comunidade do Antimary, zona rural do Bujari. Apesar dos dias foragido, ele se encontrava em boas condições físicas, o que indica que teve apoio externo durante o período em que esteve escondido.
“Ele está em perfeito estado de saúde, o que reforça a suspeita de que recebeu auxílio externo. Isso será investigado, pois quem ajuda um foragido também comete crime. Toda essa rede de apoio será identificada”, afirmou Alcino.
O delegado também falou sobre a apreensão de armas durante a operação do último sábado:
“Ainda estamos apurando se as armas seriam usadas para resistir à prisão ou em outro tipo de crime. O que sabemos é que, ao perceber a chegada das equipes por terra e ar, ele teria escondido o armamento e fugido para a mata. Ainda vamos interrogá-lo e esclarecer todos os detalhes.” Comentou Alcino Júnior.