217 crianças com idades de 0 a 9 anos estão entre as vítimas. O número de adolescentes vítimas com idades de 15 a 19 anos chega a 212. Os dados revelam a necessidade do endurecimento da legislação por parte de deputados federais e senadores e maior agilidade do Judiciário em julgar e punir os agressores.
O Acre está entre os seis dos 10 estados com maiores índices de violência sexual contra crianças e adolescentes na Amazônia Legal. A média no estado foi de 163,7 casos a cada 100 mil crianças e adolescentes. Rondônia aparece com uma taxa de 234,2, Roraima (228,7), Mato Grosso (188,0), Pará (174,8) e Tocantins (174,2).
As informações estão reunidas no estudo, Violência contra crianças e adolescentes na Amazônia, divulgado na última quinta-feira, dia 14, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
O estudo abrange o período de 2021 a 2023. Neste tempo, a Amazônia Legal registrou 31 mil casos de estupro de crianças, adolescentes e jovens até 19 anos, além de quase 3 mil mortes violentas intencionais na mesma faixa etária.
A analisar os números absolutos com relação aos estupros de crianças e adolescentes no Acre, os dados são alarmantes. Em 2021, o estado não forneceu o banco de dados aos pesquisadores. Já em 2022, foram 395 crianças e adolescentes vítimas de estupro e estupro de vulnerável, de 0 a 19 anos de idade. Detalhadamente, foram 28 crianças de 0 a 4 anos estupradas. De 5 a 9 anos, esse número subiu para 65 casos. De 10 a 14 anos, 192 vítimas. Na faixa etária de 15 a 19 anos, foram 110 casos.
Em 2023, o número subiu de 395 no ano anterior para 491 casos envolvendo crianças e adolescentes com idades de 0 a 19 anos. De 0 a 4 anos, foram 33 crianças vítimas desse tipo de violência. De 5 a 9 anos, 91 casos. De 10 a 14 anos, foram 265 estupros de vulneráveis. Na faixa etária de 15 a 19 anos, 102 vítimas.
Nos dois anos levantados no Acre (2022-2023) as maiores taxas de estupros estão nas faixas etárias de 0 a 14 anos.