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POLÍCIA

Durante coletiva, delegados revelam que autor do atropelamento de Juliana Chaar foi identificado e caso não se apresente nesta segunda será considerado foragido

Durante coletiva, delegados revelam que autor do atropelamento de Juliana Chaar foi identificado e caso não se apresente nesta segunda será considerado foragido

A Polícia Civil do Acre deu detalhes, na manhã desta segunda-feira (23), sobre o andamento das investigações envolvendo a morte da advogada Juliana Chaar, de 36 anos, atropelada de forma proposital nas proximidades do bar Dibuteco, em Rio Branco, na madrugada do último sábado (21). A vítima chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois no Pronto-Socorro.

Em coletiva de imprensa realizada na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os delegados Pedro Paulo Buzolim e Cristiano Bastos esclareceram que o caso envolve dois possíveis crimes contra a vida: o atropelamento fatal de Juliana e os disparos efetuados por um advogado identificado como Keldheky Maia, durante a briga generalizada.

Segundo o delegado Pedro Paulo, as diligências foram iniciadas ainda no sábado, e uma equipe de pronto-emprego esteve no local dos fatos para colher os primeiros elementos. “A princípio, o caso foi encaminhado à DEFLA, onde uma pessoa foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, e outras foram ouvidas em Termo Circunstanciado de Ocorrência. Posteriormente, o inquérito foi transferido à DHPP, que assumiu as investigações dos crimes contra a vida”, destacou.

Advogado poderá responder por tentativa de homicídio

Imagens que circulam nas redes sociais mostram o advogado Keldheky Maia sacando uma arma de fogo de dentro de um veículo e apontando em direção a um grupo de pessoas durante a briga. Para a Polícia, as imagens podem reforçar a tese de tentativa de homicídio.

“No momento da lavratura do flagrante, ainda não tínhamos acesso a essas imagens. Agora, com o material audiovisual em mãos, não descartamos o indiciamento por tentativa de homicídio qualificado, mesmo que os disparos não tenham atingido ninguém”, explicou o delegado Pedro Paulo.

A arma utilizada pelo advogado ainda não foi localizada. As autoridades informaram que estão analisando imagens originais das câmeras de segurança e realizando oitivas para identificar quem pode ter retirado a arma do local após os disparos. “Qualquer pessoa que tenha colaborado com o desaparecimento da arma poderá ser responsabilizada por favorecimento pessoal”, alertou o delegado Cristiano Bastos.

Autor do atropelamento está foragido

O motorista da caminhonete que atropelou Juliana Chaar já foi identificado e é considerado foragido. A Polícia informou que equipes estão nas ruas desde o domingo realizando buscas tanto na cidade quanto na zona rural, além de visitas a familiares e amigos do suspeito.

“Já fizemos contato com o advogado dele e aguardamos a apresentação voluntária ainda hoje. Caso isso não ocorra, será formalizado o pedido de prisão e intensificadas as buscas para localizá-lo”, afirmou Cristiano Bastos.

Segundo o delegado, os investigadores também trabalham para confirmar, por meio de imagens e testemunhas, se o atropelamento foi direcionado exclusivamente à vítima Juliana ou se o alvo seria outra pessoa envolvida na briga. “Tudo indica, até o momento, que houve a intenção de matar. Mas só a análise completa dos vídeos e dos depoimentos poderá confirmar se foi um homicídio doloso direto ou eventual”, explicou.

Mandados de busca em andamento

Durante a coletiva, os delegados confirmaram que mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos neste momento, com o objetivo de reunir mais provas sobre o caso. As ordens judiciais foram expedidas com celeridade pelo Judiciário acreano, após representação da Polícia Civil.

“Nossa prioridade é esclarecer os fatos com total responsabilidade e reunir provas suficientes para garantir a responsabilização de todos os envolvidos, direta ou indiretamente, nessa tragédia”, concluiu Pedro Paulo.