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POLÍCIA

Denúncia expõe falhas de segurança e perseguições dentro do sistema socioeducativo no Acre

Denúncia expõe falhas de segurança e perseguições dentro do sistema socioeducativo no Acre

Um vídeo divulgado nas redes sociais escancarou a fragilidade da segurança no Centro Socioeducativo Acre, em Rio Branco. As imagens mostram adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas transmitindo uma live de dentro da unidade, utilizando um celular que, segundo apurações, teria pertencido a um professor de barbearia contratado para ministrar curso no local.

De acordo com fontes ligadas ao caso, o uso de aparelhos eletrônicos é expressamente proibido dentro do centro. O procedimento previsto seria encaminhar o professor à Delegacia de Flagrantes (Defla) para prestar esclarecimentos. No entanto, uma ordem de um superior da unidade teria barrado a condução.

Atualmente, cerca de 30 internos cumprem medidas no Centro Aquiri. Questionada, a direção da unidade informou que não irá se manifestar sobre o episódio.

A denúncia, porém, vai além do uso irregular do celular. Agentes socioeducativos relataram à reportagem um cenário de perseguições, favorecimentos e irregularidades administrativas no Instituto Socioeducativo do Acre (ISE).

Segundo os relatos, diretores de unidades seriam protegidos pela presidência do órgão, mesmo diante de denúncias de assédio institucional e práticas abusivas.

Na unidade feminina, a situação é descrita como “caótica”. Há relatos de transferências de servidores como forma de punição, abertura de processos disciplinares sem observância ao devido processo legal e perseguição sistemática contra agentes que denunciam os problemas.

Apesar de as situações terem sido reportadas à presidência do ISE, sob comando de Mário César, servidores afirmam que nenhuma medida efetiva foi adotada até agora.