O delegado Pedro Paulo Buzolin, que comandou as investigações para apurar desvios de combustíveis no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), descartou a participação de servidores administrativos efetivos e policiais penais do Instituto. Buzolin disse que o esquema era operado por um servidor comissionado.
Todo dinheiro arrecadado, com a venda dos combustíveis, era repassado a este servidor. Ele pontuou, ainda, que mais de 10 pessoas, sendo alguns empresários, participaram como compradores, alimentando a cadeia do crime.
“Dentro dessa investigação que durou quase 3 anos, não identificamos ninguém do quadro permanente do Iapen. Foi ventilado a participação de dois policiais penais, mas isso não procede. Essa investigação se iniciou-se em 2018. Chegamos há mais de uma dezena de pessoas que tinham participação no crime, adquirindo esse combustível abaixo do preço praticado nas bombas”, disse Buzolin
E acrescentou: “Esse dinheiro era repassado a um determinado servidor do Iapen. Nós tivemos todo o apoio do Iapen durante a investigação. Eram utilizados cartões extras para a liberação do combustível”.