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POLÍCIA

Clã Dourado, da Bolívia, e Los Quispe-Palamino, do Peru, disputam as rotas da cocaína para o Brasil passando pelo Acre, mostra Atlas da Violência 2024

Clã Dourado, da Bolívia, e Los Quispe-Palamino, do Peru, disputam as rotas da cocaína para o Brasil passando pelo Acre, mostra Atlas da Violência 2024

De acordo com o Atlas da Violência 2024, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a redução nos índices de homicídios no Acre, a partir de 2018, se deram após uma série de iniciativas do poder público. Também ficou evidente a presença de dois grupos criminosos estrangeiros com atuações nas fronteiras do Acre, na disputa pelas rotas da cocaína que abastecem outras regiões do Brasil e países da Europa.

Entre as medidas elencadas estão: a criação do Programa Acre Pela Vida; a criação do Observatório de Análise Criminal no Ministério Público (MP); a integração dos setores de inteligência da Polícia Civil e do Gaeco/MP – aumentando significativamente o número de denunciados por organização criminosa; a criação de delegacia especializada em homicídios; a criação da Vara de Delitos de Organizações Criminosas; a implantação do Regime Disciplinar Diferenciado no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves; a separação dos presos por facção dentro das cadeias; e a realização de cooperação técnica com o governo boliviano e com os estados do Amazonas e Rondônia, que possibilitaram a atuação integrada na faixa de fronteira e troca de informações sobre a atuação do narcotráfico na região.

Ao analisar a taxa de homicídio por município, Brasileia se mostrou a cidade mais violenta em 2022, com uma taxa de 69,2. Na região, que é a mesma da capital Rio Branco (25,8), também ficaram acima da média Xapuri (54,8) e Sena Madureira (36,3). Já na parte oeste, no Vale do Juruá, as maiores taxas em 2022 foram encontradas em Feijó (45,2) e Tarauacá (25,3).

“No Acre, PCC, Bonde dos 13 e Ifara são as facções que fazem frente ao Comando Vermelho (CV), além do grupo Los Quispe-Palamino, na fronteira com o Peru. Também foram identificados grupos próximos aos rios Negro e Solimões, uma das principais rotas usadas pelo tráfico. Já na fronteira com a Bolívia, há forte atuação do Clã Dourado. Os conflitos entre esses grupos causaram noites de violência na capital. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança e Justiça, as ordens dos confrontos partiam de presídios do estado e da Bolívia. Naquele ano, chegou a ser instalado um gabinete de crise para lidar com a situação”, diz trecho do documento publicado ontem, dia 18.

TRAFIFRON