O Acre registrou uma queda de 16% na taxa de homicídios de jovens entre 15 e 29 anos no período de 2013 a 2023. Foi o que apontou o Atlas da Violência.
Segundo o levantamento, há uma década, o Estado contabilizava 119 mortes nesse grupo etário, número que caiu para 100 em 2023.
A análise apontou uma redução de 12,7% na taxa de homicídios por 100 mil habitantes entre jovens, refletindo uma tendência de queda, embora com oscilações ao longo dos anos. Em 2013, a taxa era de 52,7 por 100 mil habitantes, saltando para o pico de 122,4 em 2017, ano com 297 assassinatos de jovens. No ano seguinte, o índice caiu para 96,3, com 235 homicídios.
Entre 2019 e 2022, período correspondente ao primeiro mandato do governador Gladson Cameli, os números continuaram em queda:
- 2019: 174 vítimas (taxa de 73,8);
• 2020: 164 vítimas (68,1);
• 2021: 94 vítimas (37,9);
• 2022: 112 vítimas (46,4).
Em 2023, a taxa estimada foi de 25,1 homicídios por 100 mil jovens, uma queda de 6% em relação ao ano anterior.
Apesar da melhora no cenário, os jovens do sexo masculino ainda representam a esmagadora maioria das vítimas: 74,3% dos homicídios registrados nos municípios acreanos ocorreram com esse público.
O período mais crítico foi entre 2016 e 2018, quando o Acre enfrentou uma escalada de violência impulsionada pela disputa entre facções criminosas pelo controle do tráfico de drogas na região de fronteira com Bolívia e Peru.
Segundo os pesquisadores responsáveis pelo Atlas, a redução dos homicídios pode estar ligada a políticas públicas de segurança e prevenção, mas o cenário ainda exige atenção constante, especialmente diante da reincidência de conflitos ligados ao crime organizado; a “guerra” entre facções.