Dados do Atlas da Violência 2025, divulgados este mês, mostram uma queda nas mortes de jovens com idades de 15 a 29 anos no Acre, em 2023. O estado ficou abaixo da taxa de homicídios por 100 mil jovens. Enquanto a média nacional fechou em 45,1, no Acre reduziu para 40,5.
Porém, o número de jovens mortos no Acre ainda assusta. Em 2023, foram 100 pessoas nas faixas etárias citadas. Desse número, 91 eram homens. Em comparação ao ano de 2022, em que foram confirmadas 112 mortes, houve uma variação de -10,7%.
No geral, 17 estados apresentaram taxas superiores à taxa nacional. Dois estados se destacam dos demais no morticínio de jovens, o Amapá e a Bahia, com taxas de 134,5 e 113,7 homicídios por 100 mil jovens, que correspondem a mais de doze vezes a taxa de São Paulo, o estado com menor taxa registrada de letalidade juvenil (10,2), seguida por Santa Catarina (14,3), Distrito Federal (18,7) e Minas Gerais (25,0).
“A criminalidade violenta produz diversas externalidades negativas, entre as quais se destacam o menor crescimento econômico (Enamorado, López-Calva e Rodríguez-Castelán, 2014), a redução no desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes e a diminuição da participação no mercado de trabalho (BenYishay e Pearlman, 2013). No contexto dos jovens, a morte prematura significa privá-los da oportunidade de experimentar outras fases da vida”, afirmam os pesquisadores.