O sociólogo Emigdio Flores, que atuou como professor na Universidade Federal do Acre (UFAC) e tem longa trajetória de pesquisa sobre a Amazônia e questões sociais latino-americanas, foi confirmado como um dos principais assessores do novo presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC).
A escolha de Flores para o núcleo de assessoramento político reforça a intenção de moderar o discurso ideológico do novo governo boliviano, que sucede anos de hegemonia do Movimento ao Socialismo (MAS), legenda ligada ao ex-presidente Evo Morales.
Flores é considerado um pensador de centro-esquerda e tem trajetória marcada pelo diálogo entre desenvolvimento social, políticas públicas e integração amazônica. Durante o período em que esteve no Acre, o sociólogo colaborou com projetos de pesquisa e formação acadêmica sobre sustentabilidade, povos da floresta e políticas sociais transfronteiriças.
A presença de Flores na equipe de Rodrigo Paz é vista por analistas como um sinal de equilíbrio político e de busca por conciliação entre setores progressistas e conservadores da sociedade boliviana.
Mudança política na Bolívia
Rodrigo Paz, que se define como político de centro-direita moderada, foi eleito presidente em um pleito que marcou a transição do poder após anos de domínio da esquerda e do MAS. Ele é filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora, que governou a Bolívia entre 1989 e 1993 e também foi uma figura influente no Partido Democrata Cristão.
A vitória de Paz simboliza uma nova fase na política boliviana, com promessa de diálogo democrático, combate à polarização e reconstrução institucional. A composição plural de sua equipe — que inclui nomes como o de Emigdio Flores — reflete esse esforço de equilíbrio entre experiência técnica e diversidade ideológica.
