De acordo com o decreto publicado pelo governador Gladson Camelí (PP) na noite da última quarta-feira (6/8), que declara situação de emergência em virtude da seca extrema, as chuvas nos primeiros seis meses de 2025 foram abaixo do esperado. Como consequências, os impactos no setor produtivo são inevitáveis.
Camelí menciona que, “do ponto de vista socioeconômico, o setor produtivo tem sido severamente afetado por perdas substanciais, com a escassez de água e a degradação das pastagens levando à morte de gado e à perda de lavouras”.
Com relação ao meio ambiente em si, a seca e o calor excessivo servem como catalisadores para um aumento exponencial de queimadas e incêndios florestais, os quais degradam ecossistemas e comprometem a qualidade do ar e, consequentemente, a saúde da população.
O governador acreano também menciona, no decreto, que há o risco de suspensão das aulas em comunidades escolares de difícil acesso, que dependem dos rios, por exemplo, para o transporte da merenda e de estudantes.
“Considerando que uma das consequências mais imediatas e críticas da drástica redução do volume de água em rios fundamentais para a captação é a crise no abastecimento de água, que compromete a operação das estações de tratamento e exige a implementação de medidas de racionamento e a mobilização de caminhões-pipa para atendimento da demanda em áreas urbanas e rurais. Considerando que esse contexto acarreta, também, a baixa navegabilidade dos cursos d’água, comprometendo seriamente a logística de transporte, isolando comunidades e dificultando o abastecimento de bens essenciais, como alimentos e combustíveis, para os Municípios e aldeias indígenas de mais difícil acesso”, afirma trecho do texto normativo.