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‘Saiti Munuti’ brilha em estreia no FestCine Originários durante Mariri Yawanawá 2025

‘Saiti Munuti’ brilha em estreia no FestCine Originários durante Mariri Yawanawá 2025

A Floresta Amazônica foi palco de uma significativa celebração cultural e cinematográfica com a realização do FestCine Originários na Aldeia Mutum, Terra Indígena Yawanawá do Rio Gregório, Tarauacá (AC) – durante o Mariri Yawanawa 2025.

Entre os dias 12 e 16 de junho, o Festival de Cinema Indígena Itinerante, que já havia marcado presença na COParente, destacou-se pela exibição de diversas produções, culminando com a aclamada estreia de "Saiti Munuti: Cantos e Encantos", documentário dirigido por Nedina Yawanawa – liderança do povo Yawanawá do Acre e diretora na Secretaria de Estado de Povos Indígenas (Sepi).

Pelo segundo ano consecutivo, o FestCine Originários integrou a programação do Mariri Yawanawa, fortalecendo a visibilidade das narrativas audiovisuais indígenas. As sessões ocorreram na shovu (casa de cerimonial) da Aldeia Mutum, atraindo moradores e visitantes de diversas partes do mundo.

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Estreia de peso

O ponto alto da programação foi a estreia de "Saiti Munuti: Cantos e Encantos". Com direção de Nedina Yawanawá, o curta-metragem emocionou o público com sua poderosa abordagem.

"Nós trazemos uma história real de como uma jovem indígena consegue andar em dois mundos, duas visões: ela faz parte do povo Yawanawa e Ashaninka, e através da música, ela fortalece a sua identidade, cultura e tradição. E traz um pouco de como é a vida atualmente do jovem que vive a tradição, mas também consegue dialogar com a sociedade não indígena", explicou Nedina Yawanawá sobre a obra, que aborda temas de identidade e pertencimento cultural.

Eriyá Luíza Yawanawa, protagonista do curta, destaca suas vivências. “Essa transição de aldeia e cidade, como eu cresci, como eu me desenvolvi dentro da música e, a partir dela também falando sobre a minha história dentro dos povos, que têm essa riqueza tão profunda e pura que é a música”, disse.

A recepção do filme foi marcada por aplausos e grande comoção, evidenciando a capacidade da produção em ressoar profundamente com a audiência.

Além de "Saiti Munuti", a sessão de segunda-feira, 14 de julho, incluiu a exibição de outros filmes que compõem o panorama da produção audiovisual indígena:
• 'Bimi Shul Kaya' (direção: Isaka Huni Kuin e Zezinho Yube)
• 'Brasil é Terra Indígena' (direção: Maya Dourado)
• 'Awara Nane Putane: Uma História do Cipó' (direção: Sérgio de Carvalho)
• 'Sementes' (direção: Isabelle Amsterdam)
• 'Sukande Kasáká: Terra Doente' (direção: Kamikia Kisedje e Fred Rahal)
• 'Noke Koi – A Festa do Povo Verdadeiro' (direção: Sérgio de Carvalho e Alexandre Barros)
• 'Rami Rami Kirani' (direção: Lira Mawapai Huni Kuin e Luciana Tira Huni Kuin)
• 'Mundurukuyü: A Floresta das Mulheres Peixe' (direção: Aldira Akay, Beca Munduruku e Rilcélia Akay)

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Apoio e parceria

O FestCine Originários foi viabilizado com o apoio do Governo Federal e da Prefeitura de Rio Branco, por meio do Ministério da Cultura e da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil (FGB), com financiamento da Aldir Blanc (2024). O festival tem como objetivo central amplificar as vozes e narrativas dos povos originários, oferecendo um panorama abrangente da produção audiovisual que rompe barreiras étnicas e culturais.

A edição 2025 do evento também contou com parcerias importantes do deputado estadual do Acre, Edvaldo Magalhães, Chapeleira Sole Lua, Associação Sociocultural Yawanawá e Saci Filmes.

O FestCine Originários continua sua jornada. Em agosto, as exibições de todas as películas selecionadas pela curadoria – composta por Wewito Piyãko, Rose Farias e Sérgio de Carvalho – chegam à capital acreana, Rio Branco. A programação completa pode ser acessada através do perfil oficial do festival: @festcineoriginarios.