Informações de uma investigação da Polícia Federal apontam que policiais rodoviários federais do Acre aparecem na lista de servidores que podem ter acessado indevidamente dados do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, de um empresário, e de delegados da própria PF. A tentativa de exposição dos dados, como endereço, seria uma forma de intimidar os agentes públicos.
De acordo com reportagem assinada pela colunista do UOL, Letícia Casado, a rede que acessou informações pessoais e sigilosas engloba o login no sistema Infoseg de 25 servidores públicos espalhados pelos estados que exercem diferentes atividades. Existe a possibilidade de que, em alguns casos, os servidores tenham sido vítimas de hackers que violaram um sistema sigiloso utilizando a credencial de acesso dos funcionários.
Segundo o UOL apurou acessaram o sistema de maneira irregular integrante de tribunal do trabalho; policiais rodoviários federais do Acre e SP; integrantes de guarda municipal; PF de Araçatuba (SP); PM de São Paulo, Alagoas, Amapá e Goiás; agentes da Polícia Civil de Pernambuco, Sergipe, Mato Grosso e Distrito Federal; perito criminal de Pernambuco; integrantes do Ministério Público de São Paulo e do Paraná; e até um juiz de São Paulo.
Ao Notícias da Hora, a PRF do Acre disse, por meio de sua assessoria, que "conforme a fonte das matérias veiculadas não há nenhuma acusação e nem vazamento de dados do Ministro Alexandre de Moraes por parte de PRF".
"A Polícia Rodoviária Federal (PRF) não foi formalmente notificada nas suas corregedorias (Geral, em Brasília, e a regional, no Acre) a respeito da investigação. Somente após a notificação oficial e a análise da situação será possível ter um posicionamento adequado quanto ao suposto caso. Continuamos à disposição", informou a Assessoria da PRF/AC.