Nenhuma empresa apresentou proposta para participar do novo leilão dos bens da massa falida da Peixes da Amazônia, cujo início está marcado para esta quarta-feira, 26. O prazo para habilitação se encerra nesta terça-feira, sem que houvesse qualquer inscrito.
O conjunto patrimonial poderá ser arrematado por valores distintos, conforme a rodada do certame. No primeiro dia, o lance mínimo é de R$ 19.001.914,85.
Caso não haja propostas, o valor será reduzido para R$ 10.451.053,17 na segunda rodada, no dia 27. Persistindo a ausência de interessados, o patrimônio poderá ser adquirido por até R$ 9.500.957,43 na última oportunidade, marcada para o dia 28.
O pacote à venda inclui um terreno de 67 hectares localizado na BR-364, avaliado em R$ 5 milhões, além de uma planta frigorífica completa, fábrica de ração de última geração, laboratório de reprodução de alevinos e diversos açudes destinados à criação de matrizes de peixes nativos. O complexo industrial foi instalado no município de Senador Guiomard e recebeu investimentos expressivos.
O projeto contou com R$ 16 milhões aportados pelos empreendedores, enquanto o Banco da Amazônia liberou um financiamento de R$ 17 milhões. O Fundo Caetés Investimentos aplicou outros R$ 15 milhões, e o governo do Estado investiu R$ 27 milhões para viabilizar a parceria público-privada, que acabou não prosperando, em parte devido à instabilidade política registrada durante o governo Temer.
Além desses aportes, os investidores tiveram de desembolsar R$ 14 milhões adicionais — R$ 9 milhões destinados à aquisição de postes para a rede elétrica e outros R$ 5 milhões para a instalação de uma subestação de energia. O empreendimento também incorporou uma fábrica de ração industrial importada da Suécia, que consumiu parcela relevante dos recursos.
