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Padre jesuíta acreano Valdeli Carvalho da Costa morre aos 90 anos

Padre jesuíta acreano Valdeli Carvalho da Costa morre aos 90 anos

Morreu neste domingo (31), aos 90 anos, em Santa Catarina, o padre jesuíta acreano Valdeli Carvalho da Costa.

Nascido em 8 de fevereiro de 1934, em Rio Branco, o padre Valdeli iniciou sua jornada na Companhia de Jesus ao ingressar no Noviciado em Itaici, Indaiatuba (SP), no dia 21 de abril de 1956. Professou os primeiros votos em 13 de junho de 1958 e realizou um ano e meio de Juniorado, até ser enviado para os estudos de Filosofia na Faculdade Nossa Senhora Medianeira, em Nova Friburgo (RJ), em 1960.

Simultaneamente, o jesuíta também realizou estudos em Ciências Sociais.

Padre Valdeli realizou a etapa do Magistério durante dois anos em São Paulo. O primeiro ano foi no Colégio São Luís, em 1963, e o segundo no Anchietanum até agosto de 1964. No ano seguinte, foi enviado para cursar Teologia na Europa, passando um ano em Louvain (Bélgica) e os dois anos seguintes em Roma (Itália), na Pontifícia Universidade Gregoriana. Concomitantemente, de setembro de 1965 a junho de 1966, cursou um ano de “Desenho Antigo do Corpo Humano” em Louvain.

Ao retornar ao Brasil, o jesuíta foi ordenado presbítero em 15 de agosto de 1968, na Capela de Santo Inácio de Loyola, no Rio de Janeiro (RJ). A partir desse momento, iniciou sua missão como professor universitário, ministrando cursos sobre “Religiões Populares do Brasil” na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), até o ano de 1972.

Valdeli doutorou-se em Teologia Fundamental na Pontifícia Universidade Gregoriana, realizando pesquisas sobre religiosidade africana nos terreiros de Umbanda do Rio de Janeiro, durante os anos de 1972 e 1973. Em 1983, lecionou como professor de Pastoral III na PUC-Rio, abordando o tema “Igreja e as Religiões Afro-brasileiras”.

Entre agosto de 1983 e fevereiro de 1984, o jesuíta realizou a Terceira Provação em Belo Horizonte (MG), no Instituto Santo Inácio (ISI). Professou os últimos votos em 15 de agosto de 1985, na mesma igreja onde havia sido ordenado presbítero. A partir de 1989, colaborou no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, atuando como professor de “Pastoral com o Espiritismo Kardecista e as Religiões Afro-brasileiras”. Além disso, trabalhou com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional), no Centro de Teologia Espiritual (Cetesp), ministrando um curso sobre “A Religião do Povo”, no qual abordou a relação entre a Igreja, o Espiritismo Kardecista e as Religiões Afro-brasileiras.

Em nota, a Companhia de Jesus cita a “dedicação incansável” do padre “ao ensino e à pesquisa acadêmica”.

“Sua jornada educacional e espiritual foi marcada por períodos de estudo intensivo e por uma profunda imersão na diversidade religiosa brasileira. Além de suas contribuições como professor de Teologia, ele também desempenhou um papel significativo como pesquisador, explorando a religiosidade africana e o espiritismo kardecista com uma abordagem sensível e respeitosa”.

O velório do sacerdote jesuíta aconteceu nesta segunda-feira, na Comunidade de Saúde e Bem-Estar Nossa Senhora da Estrada, em São Paulo. O padre foi sepultado no Cemitério Santíssimo Sacramento.