O Acre lidera o índice nacional de jovens que não estudam e nem trabalham, os chamados "nem-nem". Entre os principais afetados estão as mães solteiras, que enfrentam dificuldades para acessar creches e retornar ao mercado de trabalho.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 30% dos jovens acreanos entre 15 e 29 anos estão nessa condição. A média nacional, para comparação, é de 18,5%.
O número revela uma faceta preocupante da realidade social no estado, especialmente no que diz respeito à maternidade precoce e à exclusão social.
Outro fator de exclusão é a baixa qualidade da educação básica. Um levantamento do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) revelou que 29% da população jovem e adulta brasileira entre 15 e 64 anos não alcança níveis satisfatórios de letramento, mesmo tendo frequentado a escola. Na região Norte, esse índice chegou a 12%.
Ainda segundo dados do IBGE, apenas 50,6% das pessoas com 25 anos ou mais completaram a educação básica. Entre as mulheres, 54,2% concluíram o ensino médio, enquanto entre os homens esse percentual foi de 47,1%.