O Ministério da Saúde decidiu prorrogar até junho de 2026 a estratégia nacional de resgate vacinal contra o HPV, voltada a adolescentes e jovens de 15 a 19 anos que ainda não receberam a imunização. A medida busca ampliar a cobertura vacinal no país e reduzir a incidência de doenças graves associadas ao vírus, incluindo diversos tipos de câncer.
A vacina contra o HPV integra o calendário nacional de imunização de rotina para meninas e meninos com idades entre 9 e 14 anos. No entanto, diante da queda na adesão observada nos últimos anos, o governo federal manteve aberta a possibilidade de atualização vacinal para jovens que não foram imunizados na idade recomendada, agora com prazo estendido até o primeiro semestre de 2026.
Desde 2024, o Brasil passou a adotar o esquema de dose única para o público geral nessa faixa etária, o que também se aplica aos jovens contemplados pela estratégia de resgate. A mudança segue recomendações internacionais e tem como objetivo facilitar o acesso e aumentar a adesão à vacinação.
Alguns grupos, contudo, seguem regras específicas. Pessoas imunocomprometidas — como aquelas que vivem com HIV/Aids, transplantados e pacientes em tratamento oncológico — além de vítimas de violência sexual, devem manter o esquema de três doses, com indicação de vacinação até os 45 anos de idade.
A vacina é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o país. Os cidadãos podem consultar o local mais próximo por meio do aplicativo Meu SUS Digital ou nos canais oficiais das prefeituras.
A ampliação do prazo é considerada estratégica pelo Ministério da Saúde, já que a imunização contra o HPV é fundamental para prevenir infecções persistentes pelo vírus, associadas ao desenvolvimento de câncer de colo do útero, pênis, vulva, ânus e orofaringe. A expectativa é de que a medida contribua para reduzir desigualdades no acesso à vacina e fortalecer a prevenção de longo prazo.
