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Morre Sebastião Salgado, fotógrafo que eternizou a vida indígena no Acre e as contradições do Brasil e do mundo

Morre Sebastião Salgado, fotógrafo que eternizou a vida indígena no Acre e as contradições do Brasil e do mundo

Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos documentais da história, morreu nesta sexta-feira, 23, aos 81 anos, em Paris. Reconhecido mundialmente por suas imagens em preto e branco de forte conteúdo humanista, o fotógrafo também registrou com sensibilidade cenas da vida indígena no Acre, percorrendo o Rio Amônea e a Terra Indígena Rio Gregório. Salgado ressaltada que queria tornar visível a dignidade e os desafios dos povos amazônicos.

A família informou que a morte decorreu de complicações causadas por uma forma grave de leucemia, ligada a uma malária contraída em 2010, durante o projeto “Gênesis”. Ao lado da esposa e parceira de trabalho, Lélia Wanick Salgado, ele construiu uma obra marcada pela denúncia das injustiças sociais e pela defesa do meio ambiente. Juntos, criaram o Instituto Terra, que já plantou mais de 3 milhões de árvores na Mata Atlântica.

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Nascido em Aimorés, Minas Gerais, e economista por formação, Salgado iniciou sua trajetória na fotografia nos anos 1970, na França. Desde então, retratou com profundidade temas como migração, trabalho, destruição ambiental e resistência indígena.
Seus trabalhos sobre a Amazônia, incluindo imagens feitas no Acre, ganharam repercussão internacional, sendo expostos em museus e publicações de prestígio.

Sebastião Salgado deixa a esposa Lélia, os filhos Juliano e Rodrigo, e os netos Flávio e Nara. Também deixa um legado de imagens que revelam tanto a beleza quanto as feridas do mundo.
Entre os inúmeros prêmios que recebeu ao longo da carreira estão o World Press Photo, o Hasselblad, o Príncipe de Astúrias das Artes e o Jabuti. Imortal da Academia de Belas Artes da França desde 2017, Salgado será lembrado como um artista que fez da fotografia um ato de resistência e esperança.