A família da dona de casa Maria Antônia Silva de Souza, de 26 anos, procurou o Notícias da Hora nesta quarta-feira (5/11) para denunciar um fato ocorrido na última terça-feira, dia 4.
Grávida de nove meses, a moradora do bairro São José, em Cruzeiro do Sul, procurou a Maternidade do Hospital Regional, após sentir fortes dores na segunda-feira, dia 3. Ao ser analisada por um profissional médico, Maria apresentou dilatação de 4cm, porém foi dispensada para ir para casa, na terça.
Ao chegar em casa, a jovem entrou em trabalho de parto, sendo assistida pela irmã Maria Elisângela Silva de Souza.
“Ela dormiu na maternidade, eles mandaram ela ir para casa. Quando foi umas 9h30 para 10 horas da manhã, ela chegou em casa. Quando foi 1h55 da tarde, a neném nasceu. Falta de responsabilidade. Ela estava com 4cm dilatado. Eles disseram que ela não ia ganhar neném, mandaram ela ir para casa. Ela dizia: ‘não quero ir para casa, a minha filha vai nascer e eu não vou conseguir ter ela’. Se a gente não fizesse o parto dela, ia morrer ela e a criança. A criança estava com o cordão umbilical no pescoço e ficou difícil para a gente”, conta a Maria Elisângela.
“A criança passou uns dois minutos imprensada. A criança nasceu roxa. Quase que ela não conseguia chorar. Fizemos o possível para fazer o parto dela. A ambulância [Samu] passou 45 minutos para chegar. Se fosse esperar, a criança e a minha irmã tinham morrido por falta de responsabilidade dessa Maternidade de Cruzeiro do Sul”, relata.
Maria Elisângela, que está grávida de cinco meses, contou abalada, que teme pela vida, após a experiência de ter que fazer o parto da irmã. “Fico muito triste por causa que eles não têm responsabilidade para contratar pessoas que têm responsabilidade para trabalhar”.
