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Mercado de trabalho: Região Norte registra uma das menores taxas de ocupação do país, aponta Censo do IBGE

Mercado de trabalho: Região Norte registra uma das menores taxas de ocupação do país, aponta Censo do IBGE

A Região Norte enfrenta um cenário preocupante no mercado de trabalho, segundo dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE. Com uma taxa média de ocupação de apenas 48,4%, a região ficou abaixo da média nacional (53,5%) e superou apenas o Nordeste (45,6%). Isso significa que, entre cada 10 pessoas com 14 anos ou mais, menos da metade estava empregada ou envolvida em alguma atividade econômica.

Dos 5.571 municípios brasileiros, apenas 50 registraram taxas de ocupação iguais ou superiores a 70%. Nenhum deles está localizado na Região Norte. O ranking é liderado por cidades do Sul, Centro-Oeste e Sudeste, com destaque para:

* Fernando de Noronha (PE) – 83,0%
* Vila Maria (RS) – 78,4%
* Serra Nova Dourada (MT) – 78,2%

Em contrapartida, 330 municípios apresentaram ocupação inferior a 30%, indicando que até 70% da população local está fora da força de trabalho — seja por desemprego, aposentadoria, estudos ou desestímulo. Embora o levantamento não detalhe quais dessas cidades estão no Norte, a baixa média regional sugere que muitos municípios enfrentam esse desafio.

A desigualdade no mercado de trabalho se reflete nos salários. Em 2022, mais de 9% dos municípios brasileiros registraram renda média abaixo de um salário mínimo (R$ 1.212). Apenas 19 cidades superaram a marca de quatro salários mínimos (R$ 4.848).

Os menores rendimentos foram observados em cidades nordestinas como Cachoeira Grande (MA) e Caraúbas do Piauí (PI), com médias abaixo de R$ 800. Já os maiores salários se concentram no Sudeste e Sul, com destaque para Nova Lima (MG), onde a renda média mensal chegou a R$ 6.929.

Embora a Região Norte não figure entre os extremos, os dados reforçam a urgência de políticas públicas voltadas à formalização, geração de empregos e melhoria da renda. O levantamento mostra que 35,3% dos trabalhadores brasileiros ganhavam até um salário mínimo, enquanto apenas 7,6% recebiam mais de cinco salários mínimos.