O Sindicato dos Médicos do Estado do Acre (Sindmed-AC) realizou uma visita técnica ao Hospital Geral de Feijó na manhã de segunda-feira, 09, e confirmou a denúncia de servidores de que a unidade está sem autoclave — aparelho essencial para a esterilização dos instrumentos médicos. Diante da ausência do equipamento, os instrumentos são enviados para Tarauacá, onde passam pelo processo de descontaminação.
Os diretores da entidade também constataram que o espaço utilizado para o atendimento dos pacientes — um prédio que deveria acomodar a nova OCA — é pequeno e improvisado. Além disso, caso a pessoa atendida no pronto-socorro precise ser internada, é necessário transferi-la para outro prédio, atravessando um corredor sem cobertura.
Outro problema observado foi a ausência da máquina de raio-X no espaço que deveria ser temporário. Para a realização dos exames de imagem, uma van é responsável por transportar os pacientes até o antigo prédio do hospital, cujas obras seguem inacabadas.
A reconstrução do hospital começou em agosto de 2023 e deveria ter sido finalizada em abril de 2024.
“A falta de um autoclave em Feijó é grave, porque o transporte e o manuseio do material compromete a eficácia e segurança do procedimento”, protestou a diretora do Sindicato, Luíza Zamith.
Diante do atraso na entrega, o Sindmed-AC cobrará agilidade na resolução dos problemas identificados. Todas as irregularidades serão devidamente documentadas e encaminhadas ao Ministério Público Estadual (MPE), ao Conselho Estadual de Saúde (CES) e ao Conselho Regional de Medicina (CRM).