A jovem Ranna Souza tornou público um relato comovente sobre as consequências físicas, emocionais e sociais enfrentadas após um grave acidente que mudou completamente sua vida. À época, ela mantinha um relacionamento de cerca de dois anos com Emanuel Rocha.
Segundo Ranna, no dia 21 de fevereiro — data de seu aniversário — Emanuel a pediu em casamento. Apenas quatro dias depois, ocorreu o acidente. Ela sofreu um traumatismo craniano encefálico grave, ficou 23 dias em coma e não guarda qualquer lembrança do momento do ocorrido.
“A primeira memória que eu tenho é de estar gritando no hospital, sentindo muita dor durante a fisioterapia”, relatou.

Durante o período inicial de recuperação, Ranna afirma que Emanuel chegou a visitá-la algumas vezes. No entanto, as visitas duravam cerca de uma hora e aconteciam em sua residência. Pouco tempo depois, ela decidiu encerrar o relacionamento. A partir disso, segundo o relato, o ex-companheiro e familiares teriam rompido completamente o contato, bloqueando-a em todos os meios de comunicação.
Mesmo tentando restabelecer contato para pedir ajuda, Ranna afirma que não obteve qualquer resposta.
Atualmente, Ranna apresenta evolução no quadro clínico, mas ainda enfrenta sérias limitações. Ela não consegue andar sozinha, utiliza andador para se locomover e segue em tratamento contínuo.
“Eu faço minha própria comida e saio sozinha para as terapias, mas caio bastante, porque meu corpo ainda não responde bem. Moro sozinha e, quando caio, fico no chão esperando alguém aparecer para me ajudar”, desabafa.

Além das dificuldades motoras, o trauma na cabeça afetou diretamente sua voz, impactando a comunicação e a qualidade de vida.
Outro ponto crítico destacado por Ranna é a limitação do atendimento oferecido pelo plano de saúde. Segundo ela, o convênio cobre apenas duas sessões de fisioterapia por semana, número considerado insuficiente para o nível de reabilitação necessário.
Ela afirma que tentou, diversas vezes, negociar o aumento da frequência das sessões, mas recebeu a negativa do plano. O mesmo ocorre com o tratamento fonoaudiológico, necessário devido às sequelas na voz, que também não é coberto.
Com isso, Ranna se vê obrigada a recorrer a atendimentos particulares, o que gera dificuldades financeiras e compromete a continuidade do tratamento adequado.
Nossa reportagem buscou ouvir Emanuel Rocha sobre os fatos relatados, mas não conseguiu localizá-lo. O espaço segue aberto para manifestação.
