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“Dá pra atravessar sem precisar nadar”, diz coordenador da Defesa Civil de Rio Branco ao mostrar rio Acre em Assis Brasil

“Dá pra atravessar sem precisar nadar”, diz coordenador da Defesa Civil de Rio Branco ao mostrar rio Acre em Assis Brasil

O período de estiagem no Acre dificulta mais uma vez a vida de quem precisa dos rios para ir e vir e põe em alerta as cidades, que vivem a iminência de desabastecimento e, em alguns casos, até isolamento.

O baixo nível do rio Acre, manancial que
que corta as cidades de Assis Brasil, Epitaciolândia, Brasiléia, Xapuri, Rio Branco e Porto Acre, obrigou as prefeituras e o governo do Estado a declarar estado de emergência.

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Imagens do rio em Assis Brasil na fronteira com o Peru divulgadas na manhã deste domingo (31) pelo coordenador da Defesa Civil Municipal de Rio Branco, coronel Cláudio Falcão mostram que é possível atravessar a pé pelo manancial.

“A situação pode ficar mais crítica do que já está. Em Brasiléia está medindo entre 70 e 80 centímetros. Então vejam que a situação não é muito favorável diante da seca em todo estado do Acre, mas na bacia do rio Acre especialmente”, diz Cláudio Falcão.

Em Rio Branco, o rio Acre chegou ao nível crítico de 1, 48 metro na manhã deste domingo. Em Brasiléia, o manancial oscilou nesta semana entre 70 e 80 centímetros.

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Estado de emergência

O Acre está sob situação de emergência desde o dia 6 de agosto em decorrência da estiagem e do aumento das temperaturas. O decreto tem validade de 180 dias.

A necessidade do decreto se dá porque o estado vivenciou, entre os anos de 2023 e 2024, as mais severas crises hídricas de sua história recente, fato associado ao fenômeno climático natural El Niño. O fenômeno gerou um déficit pluviométrico significativo, levando à diminuição drástica do nível dos principais rios da bacia amazônica que cortam o estado.

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Nesse cenário, o regime de chuvas no primeiro semestre de 2025 foi inferior ao esperado. O período compreendido entre os meses de maio e novembro normalmente apresenta características de baixos índices de precipitação, temperaturas elevadas, baixo percentual de umidade relativa do ar e ventos fortes, ocasionando considerável redução no nível dos rios acreanos.

As consequências mais imediatas e críticas são a redução do volume de água em rios fundamentais para a captação, levando a crise no abastecimento de água; a baixa navegabilidade dos cursos d’água, comprometendo seriamente a logística de transporte, isolando comunidades e dificultando o abastecimento de bens essenciais; a escassez de água e a degradação das pastagens, causando a morte de rebanhos e a perda de lavouras; riscos de prejuízo pedagógico, de insegurança alimentar e nutricional dos alunos da rede pública de ensino nos municípios mais afetados pela seca.