Mais que um espaço onde entes queridos descansam, o Cemitério da Cruz Milagrosa guarda saudade e devoção. A dona de casa, Marília de Oliveira, 57 anos, resume bem isso. Ela revela que a família já foi alcançada com uma graça: a saúde da mãe.
“Acredito muito [no poder de cura das almas da Cruz Milagrosa]. Uma das graças alcançadas foi a cirurgia da minha mãe que, graças a Deus, correu tudo bem. Era uma cirurgia de tireoide”, conta.
Oliveira disse que o irmão, falecido há nove anos, sempre vinha agradecer as bênçãos alcançadas. Ela ressalta que após a morte dele, a família passou a vir todos os anos acender vela diante do Cruzeiro, que fica na capela central do cemitério.
“Eu tenho um irmão, que tem nove anos que ele faleceu, e toda vez ele vinha aqui. E hoje, assim, tem nove anos que eu venho também para lembrar o amor dele. E aí, a gente, a família, segue. Uma tradição antiga”, resume.
O administrador do Cemitério, Antônio José Barbosa de Souza, afirma que cerca de 1,2 mil pessoas devem visitar o lugar neste dia de finados.
“É um cemitério muito calmo. Bom de trabalhar. Não tem confusão, todo mundo se entende. Esse negócio de alma é ilusão”, diz ao reforçar que nunca viu ou ouviu nada de paranormal.
Localizado no Km 7 da Estrada Transacreana, o Cemitério da Cruz Milagrosa guarda histórias e mistérios de quem nasceu e se criou ao entorno da Comunidade Bela Vista ou do Seringal Nova Empresa.
Além de acender velas na capela central, as pessoas deixam roupas, muletas, esculturas de braços, pernas, fotografias. Tudo referente às bênçãos alcançadas pelas almas da Cruz Milagrosa.
Apesar da importância para a história de Rio Branco, o Cemitério ainda é carente quando o assunto é infraestrutura. O ramal de acesso ao local ainda espera o “milagre” da pavimentação.
