Pela primeira vez, mulheres puderam se alistar voluntariamente para o serviço militar obrigatório no Brasil, e os números iniciais revelam um cenário desigual entre as regiões. Segundo dados do Ministério da Defesa, o Acre registrou apenas 123 alistamentos femininos, ocupando o 26º lugar no ranking entre os Estados.
No topo da lista estão o Rio de Janeiro, com 8.102 inscrições, seguido por São Paulo (3.152) e Distrito Federal (2.368). O Amazonas também se destacou, superando estados mais populosos como Minas Gerais (1.930) e Bahia (2.029), evidenciando uma crescente disposição feminina em integrar as Forças Armadas.
Ao todo, 33.721 mulheres se inscreveram no processo seletivo em todo o país, um número ainda pequeno diante dos mais de 1 milhão de homens alistados; exatos 1.029.323, sendo São Paulo o estado com maior número de inscrições masculinas: 271.589.
Atualmente, o efetivo feminino nas Forças Armadas brasileiras é de cerca de 37 mil mulheres, o que representa apenas 10% do total. O Ministério da Defesa afirma que a expectativa é de crescimento gradativo dessa participação ao longo dos próximos anos.
O processo de seleção das candidatas será dividido em quatro etapas: seleção geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação. As aprovadas devem ser incorporadas em 2026, com datas previstas entre 2 e 6 de março ou de 3 a 7 de agosto, dependendo da turma. Elas poderão atuar como soldados ou marinheiras-recrutas, no caso da Marinha.