Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), validados pelo Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), o Acre registrou uma queda significativa nos focos de queimadas durante o mês de agosto deste ano.
De acordo com o levantamento, foram contabilizadas 517 ocorrências entre os dias 1º e 30 — uma redução de mais de 73% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 1.997 registros.
A diferença também se destaca nos picos diários: em agosto de 2024, o Acre chegou a registrar mais de 230 focos em um único dia. Já em 2025, o maior número diário não passou de 142. No dia 28, por exemplo, os satélites identificaram apenas 58 queimadas ativas.
Especialistas atribuem a redução a fatores climáticos, especialmente ao aumento das chuvas. Neste ano, o volume de precipitação foi cerca de 12% superior ao de 2024, o que diminuiu a quantidade de material combustível disponível para o fogo. O contraste com o ano anterior é evidente, marcado por forte estiagem e altos índices de queimadas.
Apesar do resultado positivo, setembro continua sendo o mês mais crítico da temporada de incêndios florestais na região. Em 2024, após os quase 2 mil focos de agosto, o estado contabilizou cerca de 4 mil queimadas em setembro. Para este ano, a expectativa é mais otimista, já que o mês começou com chuvas.