Enquanto São Paulo ostenta a liderança nacional em inovação, o Acre ‘amarga’ o último lugar do país, segundo o Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (Ibid), divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Em uma escala de 0 a 1, o Acre obteve nota 0,122, ficando atrás de Estados como Alagoas (0,148) e Maranhão (0,127). Na outra ponta do ranking, São Paulo lidera com folga, registrando 0,872, desempenho quase três vezes maior que a média nacional, de 0,296.
Além de São Paulo, outros cinco estados superaram a média nacional: Santa Catarina (0,449), Paraná (0,413), Rio de Janeiro (0,410), Rio Grande do Sul (0,398) e Minas Gerais (0,368).
Desde 2014, quando o índice passou a ser calculado, São Paulo se mantém na liderança, mas o cenário mostra avanços em outras regiões, como o crescimento de Santa Catarina e Paraná, que vêm se consolidando como polos de inovação no país.
Apesar do desempenho negativo do Acre e de outros estados do Norte e Nordeste, o INPI avalia que há uma “leve desconcentração” das atividades inovadoras no Brasil. Segundo o economista-chefe do instituto, Rodrigo Ventura, o índice evidencia uma “nova geografia da inovação brasileira”, marcada pelo surgimento de polos de startups e investimentos em diferentes regiões.
O Ibid leva em consideração critérios como instituições, capital humano, infraestrutura, ambiente de negócios, conhecimento, tecnologia e economia criativa.
No cenário internacional, o Brasil ocupa a 50ª posição entre 133 países no Índice Global de Inovação da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), sendo o melhor colocado da América Latina, à frente de Chile e México.