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Estudo revela que Rio Branco é deficiente em mobilidade urbana, tem transporte público caro e calçadas esburacadas

Estudo revela que Rio Branco é deficiente em mobilidade urbana, tem transporte público caro e calçadas esburacadas

Um estudo realizado pelo Mobilize Brasil, e divulgado recentemente, mostra que Rio Branco tem circulando apenas 87 ônibus coletivos, sendo que estes têm apenas 530 metros de faixas exclusivas. Ou seja, há uma disputa destes com os automóveis, o que faz com que os deslocamentos aos bairros fiquem demorados.

“De acordo com o engenheiro Luan Marcel, parceiro do Mobilize na coleta de dados de Rio Branco para o Estudo Mobilize 2022, algumas regiões periféricas foram extremamente impactadas pela precariedade do sistema: ‘durante a pandemia, alguns ônibus foram retirados de circulação e algumas regiões da cidade só contavam com o serviço em dois ou três horários do dia’”, diz trecho do estudo.

Ainda de acordo com o engenheiro, Luan Marcel, parceiro do Mobilize, mesmo com a redução de 0,50 centavos na tarifa, esta se mostra cara para Rio Branco, tendo em vista que as linhas são consideradas pequenas.

“A tarifa (que passou de R$ 4,00 para R$ 3,50, graças ao subsí- dio municipal) ainda é elevada para a cidade, já que as linhas mais extensas percorrem, no máximo 14 km, quando atendem a localidades na zona rural”, conclui Luan Marcel.

O estudo mostra também que é preciso ampliar a oferta de ciclovias e recuperar as existentes. “Embora a prefeitura tenha anunciado recentemente a expansão da
rede, com projetos de ampliar as conexões e a malha para até 160 km, os planos não saíram do papel. Enquanto isso, quem pedala por Rio Branco sofre com a falta de continuidade das vias, muitas delas esburacadas e mal iluminadas”, conclui o engenheiro no estudo.

E acrescenta o Mobilize: “Em 2021, a prefeitura divulgou informações e imagens sobre a recuperação de ciclovias na cidade, mas talvez um dos maiores problemas
seja a má distribuição dessa infraestrutura, como mostrou um levantamento realizado em dezembro de 2020 pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) em parceria com a União dos Ciclistas do Brasil (UCB). Conforme esse estudo, somente 5% da população mais pobre de Rio Branco mora ou trabalha nas proximidades de uma ciclovia, o que dificulta a utilização da bicicleta justamente pela parcela mais carente”.

Calçadas

Quantas às calçadas, a conclusão é: “Rio Branco também não parece ser uma cidade convidativa para os pedestres. Em 2019, a infraestrutura para a mobilidade a pé na capital do Acre ficou com a média 5,28 (numa escala de zero a dez) com base nas avaliações realizadas pela Campanha Calçadas do Brasil. Na época, os avaliadores
encontraram “calçadas esburacadas ou com trincas, várias delas estreitas, fechadas por obstáculos e com pouca ou nenhuma arborização, e muitas delas tomadas por lixo e mato”. Naquele mesmo ano a prefeitura iniciou um trabalho para a recuperação dos passeios públicos, especialmente em locais estratégicos, com maior movimentação de pedestres, mas essa iniciativa foiMinterrompida em 2020”.