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Papo de Cafezinho - Por Jairo Carioca

O vale-tudo das redes sociais - Façam suas apostas no game entre Bocalom e Marfisa

O vale-tudo das redes sociais - Façam suas apostas no game entre Bocalom e Marfisa

Será que Bocalom e Marfisa se inspiram na rede de intrigas da violenta década de 90?

O processo de autofagia vivido pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom e a vice, Marfisa Galvão, lembra os tristes capítulos de intrigas na gestão do saudoso governador Edmundo Pinto e o vice-governador Romildo Magalhães, na violenta década de 90, tempo que a sociedade acreana conviveu com a assombração do crime organizado.

Tudo bem que a vice-prefeita Marfisa Galvão tenha se decepcionado politicamente com Tião Bocalom, deve ter motivos de sobra para tal, mas, jogar no ventilador esse “mal resolvido” a ponto de causar instabilidade administrativa foi um golpe baixo.

A prefeitura de Rio Branco parece viver um jogo de games em que não basta derrotar adversários, a regra é eliminá-los. O que está fora é reflexo do que está dentro. Esse é o mais popular dos sete princípios herméticos de O Caibalion.

A “baixaria” servida no mercado do Bosque não chega aos pés, literalmente, do que rola no terceiro andar do antigo Hotel Chuí. Num papo de cafezinho amargo, fala-se até de xícaras atiradas contra as paredes recém pintadas de azul, a cor predileta do prefeito.

O caldo entornado e servido por Marfisa Galvão azedou de vez o mundo blue desenhado por Tião Bocalom que talvez, inspirado pelo francês Yves Klen – criador do matiz ultramarino - azulou faixas de pedestres, mercados, praças e a ciclovia da obra inacabada da Via Chico Mendes.

Que pena que, embora tenha investido pesado na cor azul, Bocalom não navegue em um céu de brigadeiro. A grosseria foi posta no centro da panela. E para completar a baixaria, mais um caso de assédio sexual veio à tona envolvendo um ex-pastor do alto clero de sua gestão institucional.

De quem cobrar juízo nesse ataque a moinhos de vento?

As reações emocionais da vice-prefeita Marfisa Galvão parecem responder a dita “linha-dura” imposta por Bocalom e alguns assessores, em capítulos poucos civilizados que nos entristece enquanto cidadão, pois realimentam extremismos em um momento delicado que a política brasileira vive.

Parece que deram tom de preto na famosa dignidade.
É o que se ler no vale-tudo das redes sociais.

Jairo Carioca é jornalista, assessor de imprensa, escreve semanalmente para o NH.