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Papo de Cafezinho - Por Jairo Carioca

Gladson Cameli tem ceia de Natal e final de ano com muita carne de porco; ele comemora avanços na política de comércio exterior

Gladson Cameli tem ceia de Natal e final de ano com muita carne de porco; ele comemora avanços na política de comércio exterior

O Acre para frente!

Dizem que o bom velhinho sempre vem e que ele não se esquece de ninguém! Pois é, nosso papo de cafezinho desse final de ano tem gosto de peru com muita carne de porco. E não poderia ser diferente, de acordo as tradições, comer carne de porco simboliza progresso, atraindo sorte e dinheiro para o novo ano que inicia!

O governador Gladson Cameli comemora às vésperas do Natal, a aprovação de plantas frigoríficas no estado para exportação de proteína animal ao Peru. Com foco na geração de emprego e renda na sua próxima gestão, a notícia é um presente de natal. Papai Noel nunca foi tão generoso com o setor produtivo.

Conversei na manhã de hoje (24) com o empresário Paulo Santoyo, diretor comercial da Dom Porquito. Animado, ele me afirmou que nos próximos cinco anos, o Acre vai comemorar um crescimento histórico em sua balança comercial. “Os produtores vão poder investir de forma segura, isso significa mais empregos no campo e nas plantas frigoríficas que vão precisar contratar mais para atender a demanda”, falou Santoyo.

E olha que a balança comercial já vive uma atmosfera altamente favorável. Santoyo fala de uma população de 33 milhões de habitantes que vive a partir da fronteira com Assis Brasil com uma escassez enorme da produção de carne bovina e suína. É que geograficamente a região litorânea e a região andina não têm boas condições para o manejo desses animais.

Quem também entrou em contato comigo foi o coordenador do Grupo de Trabalho para Integração Regional (GTIR), Francimar Cavalcante. Ele explicou que as autorizações oficializadas neste Natal, dão ao Acre alcance direto ao mercado consumidor peruano. Esse, aliás, foi o tema de cafezinho quando retornamos da Feira Madre de Dios, em Puerto Maldonato, caravana liderada pelo secretário Assurbanipal Mesquita no início do mês.

Tudo bem que essa política exterior vem sendo dialogada há muitos anos, mas, isso é resultado de uma quebra de paradigma no setor produtivo que tem o DNA do governador Gladson Cameli. Ele tem dado carta branca a Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia, como também à Secretaria de Produção e Agronegócio, para o diálogo e as negociações com investidores internacionais e até diplomatas em visitas oficiais, principalmente nos países andinos.

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Ao participar da Feira Madre de Dios eu ouvi em alto e bom tom os recados das autoridades peruanas ao setor produtivo. Proteína animal, pescado, castanha e café estão na mira dessa população que cresce a cada ano. Tem mercado garantido.

Outro diferencial que merece ser colocado na mesa é a preparação do Acre para sair dessa falta de conhecimento geopolítico. Esta mesa também está farta de planejamento estratégico, pesquisas e consultorias. Daí o avanço na política de comércio exterior. Posso afirmar que após o anúncio do Estado livre da febre aftosa e sem vacinação, a autorização para exportação de proteínas animais é a pauta mais comemorada da gestão.

Assurbanipal Mesquita comentou comigo que essa conquista é fruto de uma luta do governo com o setor empresarial intensificada nos últimos três anos. “Este novo cenário amplia resultados das cadeias produtivas. Se hoje, trabalhando com 30% de sua capacidade a Dom Porquito já contribui com o desenvolvimento estadual, imagine com essa necessidade de criação de mais suínos. A quantidade de novos empregos que serão criados será dobrada e até triplicada nos próximos anos”, analisou.

O governador usou as redes sociais para agradecer a conquista. E tem que comemorar mesmo, o Acre deixou de ser visto apenas como um mantenedor da floresta em pé e, com uma política ambiental sustentável, passou a ter visibilidade mundial. O Estado gira esse primeiro ciclo de gestão Cameli beneficiado com toda essa mudança.

Por outro lado, o governo sabe que ao produzir mais, melhor impacto tem a arrecadação pública. Além de novos postos de trabalho isso representa a garantia de diminuição das desigualdades sociais, menos fome, menos violência. É uma matemática simples.

Arrisco a dizer que a partir de 2023 o Acre começa a sair da humilhação do “pires nas mãos”. Claro que muito ainda precisa ser feito. Tem enormes desafios pela frente. As questões alfandegárias e rodoviárias mais que nunca precisam ser superadas. A própria política de comércio exterior precisa ganhar maior envergadura na estrutura administrativa do governo, deixar de ser um departamento. O diálogo é fundamental nessa relação. E para isso, tem muita gente boa com disposição.

De forma empírica, o Mestre Irineu falava para minha mãe que iria chegar um tempo em que feliz era quem tivesse um pedacinho de terra para plantar. Talvez ele alertasse, naquela época, para a necessidade de produzir alimentos para o mundo que, através dos países desenvolvidos, vive uma guerra de sobrevivência.

A ONU prevê que a fome extrema no mundo é algo cada vez mais real e iminente. Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, estima-se que cerca de 300 milhões de pessoas a mais possam sofrer com a escassez de alimentos e água até 2030.

Façamos como os hebreus no final de ano, vamos atrair prosperidade consumindo muita carne de porco.

O Acre para a frente.

Jairo Carioca é jornalista e assessor de imprensa. Coordena a Rede de Rádios FM do Sistema Público de Comunicação do Acre.