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Papo de Cafezinho - Por Jairo Carioca

Gian Carlos, o menino de 4 anos que roubou a cena durante cerimonial com o governador Gladson Cameli

Gian Carlos, o menino de 4 anos que roubou a cena durante cerimonial com o governador Gladson Cameli

“Eu vou ficar aqui!” Exclamou a criança em tom de pura inocência, ganhando afagos do chefe de estado. No mesmo ato, a desembargadora Regina Ferrari fez reflexões sobre a guerra na Faixa de Gaza onde 91 crianças morreram como resultado da ofensiva israelense na Faixa de Gaza. “Semeiem a paz ao invés de guerra”, disse Ferrari.

Os discursos estavam enfadonhos, repetitivos até, afinal, todo mundo sabe que a entrega de títulos definitivos é um processo burocrático que passa por muitas mãos e exige uma força-tarefa até chegar na ponta, aos beneficiados.

Eram quase onze horas e trinta minutos. O pequeno Gian Carlos, de apenas 4 anos, se aproximou do palanque oficial no exato momento em que o cerimonialista anunciava a fala do governador Gladson Cameli.

_ Eu vou ficar aqui!
Exclamou em tom de pura inocência o pequeno garoto que passou a ganhar afagos do chefe de estado. “Pronto, eu não vou nem discursar, vou dar atenção a ‘minha autoridade’” disse Cameli.

E não tinha mais como discursar diante de tamanha inocência. Pra completar, o garoto ainda sentou na cadeira do governador. “Deixem ele ai. Hoje eu estou governador, quem sabe amanhã ele não estará neste cargo”, interviu novamente Gladson Cameli arrancando aplausos de centenas de pessoas presentes.

Quem conhece o governador sabe que o gesto feito em Senador Guiomard, na Quadra Poliesportiva da Escola Cívico Militar Aldaci Simões da Costa, não se trata de marketing político. Cameli é um estadista que sempre deu atenção as crianças, a quem carinhosamente chama de “minhas autoridades”.

E isso vai além do discurso.
Hoje são 144 mil alunos beneficiados com prato extra nas escolas estaduais. O estado lançou no início de outubro, o Comitê Estratégico Estadual do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada e a oficialização da Alfabetiza Acre, a política de alfabetização territorial que objetiva elevar a qualidade da educação no estado, assegurando que cada criança saiba ler e escrever ao final do 2º ano do ensino fundamental.

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Quem é Gian Carlos?
Políticas como essas priorizadas pelo governador Gladson Cameli visam o futuro de crianças como Gian Carlos que mesmo em idade escolar, encontra-se fora da escola.

Com guarda compartilhada após recente separação dos pais, o garoto se mudou para a zona urbana de Senador Guiomard. “Morávamos em uma fazenda no Caquetá”, disse ao Papo de Cafezinho, dona Jaqueline Martins Oliveira, mãe da criança.

Ela também revelou que a família aguarda resultados de exames que podem atestar Gian Carlos com TDHA Hiperativo. “Ele é muito impulsivo, mas é um filho muito querido e saudável, ama a avó, dona Mauricélia Morais”, acrescentou a mãe.

No diálogo com o governador Gladson Cameli, Gian Carlos manifestou preocupação com o celular da avó, que havia caído e quebrado o display. Dona Mauricélia é moradora do bairro Chico Paulo, foi uma das contempladas com titulo definitivo entregue pelo Instituto de Terras do Acre na última segunda-feira (9).

A quebra de protocolo do governador Gladson Cameli com o pequeno Gian foi antecipada por um fato que também chamou a atenção. Em discurso emocionado, a desembargadora e presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Acre, Regina Ferrari, pediu para os moradores contemplados com os títulos definitivos plantarem rosas na frente dos seus quintais.

Ferrari fazia um contraponto à guerra na Faixa de Gaza, fato lembrado em seu discurso. “Semeiem paz ao invés de guerra” pediu a desembargadora.

Os gestos do governador Gladson Cameli e da desembargadora Regina Ferrari servem como reflexão na comemoração do dia das crianças. Desde o último sábado pelo menos 91 crianças morreram como resultado da ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

Gian Carlos não pediu nada pessoal. O melhor presente hoje, seria uma vaga na pré-escola. Bom saber que ele preserva a inocência, tem alegria de viver longe dos impactos das bombas, do silêncio de quem não tem ninguém para gritar a seu favor.

O discurso mediador da desembargadora Regina Ferrari ensina a importância do diálogo, da tolerância com as diferenças entre pessoas e povos, do compartilhar e conviver pacificamente.

Que sejamos como o Gian, sempre alegres, ativos e lutando com toda força pelo que queremos.

Viva as crianças!