A semana começou movimentada em Brasília: o ministro Gilmar Mendes suspendeu o julgamento da Ação Penal 1.076, que atingia diretamente o governador Gladson Cameli. A defesa bateu duro e convenceu o STF de que houve irregularidades no caminho da investigação — desde requisição de dados sem autorização judicial até RIFs do Coaf usados sem a devida formalização. Gilmar reconheceu que, sem essas peças essenciais, o processo não poderia seguir, e abriu prazo para que MPF, PF e Coaf apresentem os documentos exigidos.
Cuidado com as "novinhas", prefeito
Fornecedor liga bufando de raiva e denuncia que alguns prefeitos garanhões andam atrasando pagamentos porque estão gastando demais com as famosas “novinhas”. Diz ele que a cadeira de prefeito subiu pra cabeça e a prioridade virou tudo, menos honrar com os serviços prestados e os produtos entregues.
A paciência, portanto, está por um fio: o prazo é até o fim do mês. Se não pagarem, ele jura que vai dar nomes aos bois. Diz ele que a relação é grande. Conta, conta..
Obra que muda a vida de 40 mil famílias será entregue amanhã, 17
Amanhã é dia de festa no Saneacre, e não é pouca coisa, viu? A tão esperada revitalização da ETE do Redenção finalmente será entregue, uma obra sonhada há anos e que agora sai do papel na gestão do governador Gladson Cameli. São mais de 40 mil pessoas beneficiadas, respiração aliviada para os moradores e um salto importante na infraestrutura de saneamento da capital.
E se tem alguém que tá todo prosa, é o presidente do Saneacre, José Bestene. O homem circula dizendo que a entrega é motivo de orgulho, e não é pra menos: obra grande, impacto maior ainda, e tudo pronto para ser mostrado oficialmente amanhã, às 16h.
Pra facilitar, a equipe preparou até transporte. Isso mesmo. A partir das 15h, carros saem da sede levando e trazendo quem quiser acompanhar de perto esse marco. É aquele tipo de dia em que o saneamento sorri, o governo comemora e Bestene… ah, esse aí já tá comemorando desde ontem.
Obra entregue, Redenção agradece, e a coluna registra.
O Homem dos Remédios
O deputado André Vale (Podemos), o famoso homem dos remédios, anda rindo à toa. O cabra diz que o terceiro ano do terceiro mandato foi positivo “que só”, daqueles que até a base dele na capital assina embaixo sem fazer careta. Não é à toa que ainda ajudou a eleger a esposa, Lucilene Vale, com folga.
E o segredo é simples: ele trabalha. Enquanto uns espalham placa, ele espalha resultado, e o povo, que não é besta nem nada, guarda o nome do baixinho pra despejar na urna. A cidade pode até não estar pintada com foto dele, mas no dia da votação, lá aparece André, saindo do nada pra ficar no topo da lista.
Pequenininho, mas ligeiro
O bichinho só é pequeno, mas tem fôlego de maratonista e disposição de feirante amanhecido. Vai pra reeleição confiante e não é por acaso, não. Do jeito que o povo fala bem dele, principalmente da atenção que dá a quem procura sua farmácia, uma das mais antigas da capital, não tem como negar que o homem criou raízes.
Dizem que André e a esposa, a vereadora Lucilene Vale, cuidam com carinho especial dos idosos: atendem, conversam, orientam e, muitas vezes, o cliente sai de lá com a medicação na mão, mesmo sem ter um centavo no bolso. Vai pra reeleição de cabeça erguida.
BR-364: rotina de risco e malabarismo diário
O grave acidente envolvendo duas carretas na BR-364, no trecho entre Sena Madureira e Rio Branco, voltou a expor a precariedade da única estrada que liga o Vale do Juruá à capital. Com a pista completamente interditada após o tombamento de uma julieta carregada de bois que ainda deixou um homem gravemente ferido, a rodovia mostrou mais uma vez que está longe de oferecer segurança mínima aos usuários.
Enquanto o DNIT segue prometendo soluções, quem realmente faz malabarismo para manter o fluxo entre os municípios continua sendo também os motoristas da Trans Acreana, que todos os dias enfrentam buracos, atoleiros, deslizamentos e trechos praticamente intransitáveis para não deixar sua clientela isolada. Muitos passageiros dependem da viagem para buscar tratamento de saúde em Rio Branco, e mesmo assim seguem à mercê de uma estrada que insiste em colapsar a cada chuva.
Cadê o resultado da caravana política pela BR 364?
O acidente desta quinta-feira (13) também traz à tona uma pergunta inevitável: no que resultou a famosa caravana de políticos e assessores que percorreu a BR-364 recentemente para “radiografar” os problemas da estrada? Depois de fotos, vídeos, discursos inflamados e promessas de providências, o que se sabe de concreto?
Será que o relatório com as conclusões da viagem já ficou pronto? Se ficou, ninguém viu. Enquanto isso, os motoristas seguem arriscando a vida, os ônibus continuam desviando de crateras e o trecho ainda pede socorro urgente. A BR-364 não precisa de mais viagens políticas, precisa de soluções reais, imediatas e permanentes.
Supervisão Relâmpago no Pronto Socorro
Telefone toca e, junto com ele, chega a denúncia de que os supervisores do Pronto Socorro de Rio Branco, que ganham muito bem pra cobrirem toda a noite, das 19h às 7h do dia seguinte, parecem ter reinventado o conceito de plantão noturno. Entram às 19h, fazem presença, dão uma voltinha pra lá e pra cá e, faltando alguns minutinhos pras 22h, já estão com as bolsinhas no ombro, prontos pra desaparecerem do hospital como se a madrugada nem existisse.
A novidade, segundo a denúncia, é que trabalhar só das 19h às 22h virou prática comum. E prática dessas que só cola quando existe aquele “entendimento silencioso” com quem deveria fiscalizar, né? Porque pra ninguém ver, ninguém cobrar e ninguém questionar, tem coisa muito bem combinada ali dentro.
Mas uma coisa é certa: o governador Gladson Cameli não deve saber disso. O lema dele é humanizar a saúde e cuidar das pessoas, e com supervisores que somem antes do plantão virar madrugada, humanização só se for da soneca deles.