A Diocese de Rio Branco faz lobby com o Governo do Acre, na tentativa de emplacar recursos para a manutenção da Casa de Acolhida Souza Araújo, que fica na BR-364, em Rio Branco. O espaço não está recebendo repasses do governo acreano e os líderes católicos alardeiam a falta de apoio.
Apesar de pensar, muita gente tem receio de criticar a postura dos padres e emissários da Igreja Católica no Acre. Apesar de ser extremamente necessário o apoio do governo ao espaço, seria importante a Diocese de Rio Branco dizer, claramente, quanto está pedindo e quando o governo está querendo dar.
A Diocese tem o costume de brincar com a vida e a consciência das pessoas: foi assim quando prometeu suspender atendimentos aos acreanos – muitos deles pobres ou que, igualmente, não podem pagar atendimento médico particular no Hospital Santa Juliana.
E como se esquecer de quando, no auge da pandemia, a Diocese se permitiu cobrar, por meio do Hospital Santa Juliana, diária de até R$ 30 mil em leito de UTI Covid. E isso quando faltavam leitos e muita gente, muita gente mesmo, precisava de auxilio hospitalar porque o governo não estava dando conta da demanda.
A pergunta é: quando que a Diocese se preocupou realmente com as pessoas, e não com o dinheiro? Quando emprestou leitos de UTI que sequer foram usados porque não ofereciam condições – não tinha profissionais e nem equipamentos necessários para a utilização urgente do governo?
Antes, o lobby era com quem estava com Covid, mas agora, infelizmente, é com os sofridos moradores da Casa de Acolhida Souza Araújo. Resta saber quando a igreja olhará para essas pessoas com respeito, sem fazer “média” para resolver a questão!