A disputa pela vaga de vice na chapa encabeçada pelo governador Gladson Cameli, pré-candidato à reeleição, virou coisa de pandemônio dentro e fora do Palácio Rio Branco.
Gladson diz ter preferência por dois nomes: Rômulo Grandidier e Alysson Bestene. Socorro Neri também já foi citada pelo governador. Nessa disputa, Grandidier desponta por ser o nome da preferência da família Cameli. Já Alysson entra no jogo porque é amigo pessoal e da cota da lealdade do governador.
A guerra fria pela cobiçada vaga nasce no ambiente que circunda Cameli, entre parte de seus principais assessores, alguns dos quais amigos e apoiadores antigos, e inflama nomes importantes do PP e até Marcio Bittar, que também tem interesse na indicação.
Bittar, aliás, é um capítulo à parte. Quer alguém de sua confiança e já deixou claro em uma reunião com o deputado estadual José Bestene, Lívio Veras e Allysson Bestene, semana passada em Brasília, que Marcia Bittar, sua ex-mulher, é o nome dele para a vaga. Gladson reluta.
Em meio a encontros, jantares e conversas informais sobre o assunto surgiu até a possibilidade de indicação do médico oftalmologista Eduardo Velloso, agora senador, também do grupo de Bittar.
Gladson garante, porém, que não vai terceirizar a escolha e incorrer no mesmo erro, segundo sua própria avaliação, de 2018.
“O vice vai ser uma escolha pessoal minha que me ajude a governar, que me ajude para que eu possa ter um pouco de tempo para que eu possa conversar mais com vocês, para que eu possa conversar com os servidores, que me ajude a governar. Eu não posso mais viver correndo riscos. Exemplo eu já tenho suficiente. Dizem que permanecer no erro é burrice.”
Há quem aposte, porém, que por ter uma personalidade volúvel, Gladson deverá ceder a pressões de pessoas próximas que não querem Grandidier e preferem Alysson.
Perguntado se cederia aos mais chegados, o governador afirmou: “Ninguém vai colocar coleira em mim”.