Eram 13h15. "Brocado", Pádua Bruzugu aguardava um mandi frito com baião de dois no Bar da Preta quando o telefone toca:
"É o seu Pádua?", pergunta um apressado Cleyton, motorista de Márcio Bittar em Rio Branco.
"Sim, é", responde o dirigente do MDB.
"Tenho um documento do senador para o senhor assinar...", explica.
"Vem aqui no Quiosque da Preta perto da TV Rio Branco, eu resolvo aqui", diz o emedebista.
"Tudo bem, seu Pádua", conclui o motorista desligando o telefone.
Em poucos minutos, o motorista chega com o pedido de desfiliação de Bittar do MDB.
Pádua, que é vice-presidente da executiva municipal do partido em Rio Branco, pega uma caneta Bic velha sem tampa do balcão do bar, abre o envelope amarelo e assina. E foi assim o fim melancólico e indiferente do todo-poderoso senador Márcio Bittar no MDB...