O uso da azitromicina e da hidroxicloroquina será adotado como protocolo durante o tratamento da Covid-19 em Rio Branco, segundo revelou o secretário municipal de Saúde, Francisco Lima, neste sábado, dia 06, durante coletiva de imprensa. O medicamento não é indicado para tratar pacientes com o coronavírus.
“Todos os médicos que estão lidando com a Covid já sabem que tem uma medicação. Nós estamos tranquilos, porque se for preciso a gente compra mais medicamento, a gente tem dinheiro. Eu vou colocar à disposição dos médicos tudo que eles precisarem. Vai ter a azitromicina, hidroxicloroquina, vitamina C”, revela o gestor.
Lima também criticou o fechamento do comércio, seguindo a linha do presidente Jair Bolsonaro, que é contra esse tipo de medida, que a exemplo de outros estados, também foi adotada pelo governador Gladson Cameli no Acre. “Isso é danoso. O que temos que fazer? Encontrar alternativas para dar à sociedade mais segurança”, avalia.
Não adianta a gente deixar a população doente em casa. Eu tenho que abrir mais uma, e nós estamos trabalhando para abrir uma nova unidade de saúde, 100% Covid. As primeiras pessoas que sentirem os sintomas de Covid já vão para lá ser vacinadas. “Se a gente testar e medicar, essa pessoa não vai precisar ir para o Into”, completa.
NÃO SERVE - A Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que a hidroxicloroquina não funciona no tratamento contra a Covid-19 e alertou ainda que seu uso pode causar efeitos adversos. O medicamento passou por uma análise de um grupo de especialistas e pacientes e recebeu “forte recomendação” contra o uso no combate ao coronavírus.
O grupo de 32 debatedores da OMS classificou a ineficiência da droga para tratamento de Covid-19 como de “alta certeza”. Eles sugeriram ainda que “os financiadores e pesquisadores devem reconsiderar o início ou continuação dessas experiências”. O documento foi publicado pela revista científica The BJM, como reportou a CNN Brasil.
No Brasil, o medicamento foi constantemente apontado pelo presidente Jair Bolsonaro. O relatório da OMS aponta ainda que a cloroquina “provavelmente aumentou os eventos adversos”, o que levaram à descontinuação do uso desse medicamento nos tratamentos contra a Covid-19, diz o texto.